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09/06/2011 - 07h21

Franquias com baixo investimento são chamariz em feira

PAULA NUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Entre as mais de 400 opções de modelo de franquia apresentados na maior feira do setor, a ABF Franchising Expo, existem ofertas de negócio com investimento inicial de R$ 2.500.

As microfranquias, nome dado aos negócios que pedem investimento de até R$ 50 mil, são as coqueluches do setor, avaliam especialistas do setor ouvidos pela Folha.

De olho nesse crescimento, empresas que possuem experiência nesse mercado lançam opções de negócio com valores iniciais de investimento cada vez mais baixos.

"Não ganhar na implantação da franquia e trabalhar num sistema de royalties fixo [de um salário mínimo] permite que o gasto inicial do franqueado não seja alto", explica o empresário Edson Ramuth.

Médico por formação, Ramuth apostou em modelos de negócio com baixo investimento desde o lançamento de sua primeira franquia, a Emagrecentro, em 1987.

Seus dois novos produtos, o Auto Spa Express e o Light-Depil, possuem investimento inicial de R$ 2.500 a R$ 4.500 e, em dois meses, contam com 25 franqueados.

O primeiro é voltado para lavagem automotiva, focado em uma frota de mais de 60 milhões de veículos. Pode funcionar em casa, em estacionamentos comerciais e com atendimento em domicílio. Os franqueados são, em geral, homens.

Para atender o público feminino, Ramuth apostou em depilação. Com R$ 4.500, o franqueado recebe treinamento em gestão e utilização do aparelho de luz pulsada utilizado na depilação, o aparelho e o material promocional.

"Uma esteticista ganha no mercado um salário médio de R$ 700. Como empreendedora, pode alcançar ganhos de R$ 6.000 mensais", explica.

Divulgação
Crédito: Divulgação Legenda: Fachada de franquia da RE/MAX
Fachada de franquia da Re/Max; investimento é de R$ 25 mil

SETOR IMOBILIÁRIO

Até o mercado de imóveis vem ganhando o olhar atento das franquias que exigem baixo investimento. É o caso da Re/Max.

Em menos de dois anos de operação, a rede comercializou 144 unidades e está com 73 em operação.

Para o diretor de expansão da marca, Mario Gasperini, a exigência de investimento de R$ 25 mil e o retorno em 18 meses têm atraído a atenção de corretores de imóveis.

O diferencial do modelo, segundo Gasperini, é conectar o franqueado a uma rede com mais de 100 corretores atuantes em 86 países. A expectativa, diz ele, é fechar o segundo ano de operação da rede de franquias no Brasil com crescimento de 100%.

São os serviços, como os voltados ao setor imobiliário, que respondem pela maior fatia das microfranquias.

A média de valor pedido para iniciar negócios voltados a atividades como reforço escolar, cuidado com pessoas, manutenção e ensino de idiomas gira em torno de R$ 20 mil.

Poder trabalhar em casa, no sistema de "home-based", também é outro fator que barateia os custos de implantação do negócio.

O segmento de negócios, serviços e outros varejos compõe cerca de R$ 21 bilhões do total do faturamento do setor de franquias (27,6%), que fechou 2010 com R$ 75 bilhões. A expectativa é que esse mercado cresça 15% neste ano, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).

 

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