Controle de estabilidade chega às picapes

Começa a surgir uma nova safra de picapes médias que prometem dirigibilidade tão boa como a de um automóvel.

A primeira a chegar é a Hilux diesel 2012, lançada em Bento Gonçalves (RS) pela Toyota como se fosse um Merlot Pizzato DNA 99 (2005) -- eleito o melhor vinho tinto nacional.

Isso porque rivais da picape, como a nova Ford Ranger e a GM Colorado, chegam só no início do próximo ano.

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A Hilux, além da cara menos carrancuda, ganhou controles eletrônicos de estabilidade e tração, que afloram o caráter urbano do veículo por melhorarem seu comportamento dinâmico ao transitar com a caçamba vazia.

Segundo a Toyota, até nas metrópoles a venda de utilitários cresce além da de automóveis -- muitos estão trocando sedãs de luxo por picapes "premium", de conforto igual e robustez superior.

"Muitos motoristas ignoram o fato de a picape ter distribuição de peso diferente: sem carga, a traseira leve tende a escapar em altas velocidades", explica Carlo Gibran, executivo da divisão de tecnologia automotiva da Bosch.

É aí que entra o controle de estabilidade (ESP), que corrige possíveis desvios de trajetória (veja o quadro ao lado).

Em um test-drive de 300 km por estradas sinuosas de cascalho e asfalto, a Hilux 3.0 D-4D (163 cv) topo de linha se comportou de forma bem mais previsível em curvas. Deu até para apreciar o novo painel com sistema de som de tela sensível ao toque.

Já a versão "flex" (165 cv) da líder Toyota ficou para o primeiro trimestre de 2012, época em que a VW apresenta a Amarok diesel com câmbio automático de oito marchas -atualmente, só existe a manual de seis marchas. Contudo, a picape da VW continua sendo a mais dócil de guiar e foi a primeira a oferecer o útil ESP.

	Roberta Jaworski/Editoria de Arte/Folhapress

O jornalista viajou a convite da Toyota, que cedeu a Hilux para avaliação