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27/11/2011 - 16h45

Em busca de clientes maduros, Civic 2012 perdeu esportividade

FELIPE NÓBREGA
ENVIADO ESPECIAL A INDAIATUBA (SP)

"Para você notar quanto o Civic mudou, dirija antes o 'antigo'", sugere o engenheiro da Honda, posicionado entre as duas gerações do sedã embicadas na pista de teste.

É preciso discernimento para não entrar no modelo errado. Afinal, de frente, quase não se veem diferenças entre eles -nem parece que a montadora japonesa redesenhou 95% das peças do carro.

Divulgação

Bastam algumas voltas pelo autódromo da Fazenda Capuava, em Itupeva (a 73 km de São Paulo), para redescobrir as virtudes do velho Civic: a ótima posição de guiar e o acerto exemplar do chassi -pitada de esportividade que revolucionou o segmento dos sedãs familiares e pôs o Honda no topo das vendas entre 2006 e 2008, posição hoje ocupada pelo Toyota Corolla.

O novo Civic espera sua primeira chance de colocar os pneus (205/55 R16) no asfalto. O carro chegará às lojas em três semanas; até lá, terá de provar que tem competência e, principalmente, carisma para superar seu antecessor, missão tão difícil quanto o Santos arrumar um substituto à altura de Neymar.

Diante da tamanha responsabilidade de conceber a nona geração do Civic, a Honda preferiu não arriscar e seguiu ao pé da letra as orientações do consumidor. Talvez esse tenha sido o grande erro.

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O sedã ganhou um porta-malas decente (449 l), mais equipamentos de conforto e melhorias para deixar o motor 1.8 "flex" (140 cv) econômico. Mas a evolução não surpreende como a que aconteceu com o modelo em 2006.

Agora o motorista sentirá a suspensão ligeiramente anestesiada, sem a pegada esportiva de antes.

"A ideia é ampliar o leque de clientes, hoje concentrado nos homens entre 30 e 49 anos", justifica Alfredo Guedes, responsável pelo desenvolvimento do Civic nacional. A marca está de olho em compradores mais maduros.

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Em relação ao Civic norte-americano (leia quadro ao lado), o modelo brasileiro traz visual aprimorado e preço de veículo de luxo. A nova tabela não foi divulgada, mas os preços atuais devem ser mantidos (de R$ 67 mil a 87 mil).

Todas as versões saem agora com ar-condicionado digital, câmera de ré e o sistema Econ, que otimiza o consumo de combustível. GPS, controle de estabilidade, airbag lateral e câmbio automático estão só na configuração topo de linha.

A sofisticação até caiu bem, mas o sedã não precisava parecer um garoto tão ajuizado.

A Honda cedeu o carro para avaliação

 

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