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Hora trabalhada de mecânico já custa o dobro da de médico

01/07/2012 - 06h58
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RICARDO RIBEIRO
DE SÃO PAULO

A evolução da tecnologia nos carros está exigindo profissionais cada vez mais preparados para a manutenção.

De acordo com o Cesvi (centro de segurança viária), o número médio de componentes eletrônicos em um sedã médio passou de oito, em 2002, para 21, neste ano.

"A tecnologia proporciona conforto, segurança e economia de combustível, mas é preciso saber lidar com ela na hora do reparo", diz Almir Fernandes da Costa, diretor de operações do Cesvi.

Segundo o Sindirepa-SP (sindicato da indústria de reparação de veículos) um mecânico recebe, em média, R$ 88 por hora. O valor dobra quando o profissional é especialista em injeção eletrônica.

Em alguns casos, é mais do que recebe um médico, por exemplo. Segundo a pesquisa Bolsa de Salários, do Datafolha, um clínico geral ganha, em média, R$ 45 por hora.

"A remuneração dos médicos está defasada há anos e na rede pública o salário é ainda menor", diz João Paulo Cechinel, diretor do Simesp (sindicato dos médicos).

A APM (Associação Paulista de Medicina) diz que planos de saúde pagam cerca de R$ 35 por consulta médica.

Para Gilberto Martinez de Oliveira, gerente de pós-venda da concessionária Sorana, o mecânico, hoje, não pode só mexer com graxa. "Precisa entender de mecatrônica e saber operar aparelhos de diagnóstico computadorizados."

Na equipe de Oliveira, além de profissionais com cursos técnicos tradicionais, há dois com curso superior -um deles foi promovido a consultor técnico depois de concluir a pós-graduação.

Editoria de Arte/Folhapress

SERVIÇO "PREMIUM

"O piso é R$ 868, mas, com a falta de mão de obra especializada, há mecânicos que chegam a ganhar R$ 3.000", diz Antonio Carlos Fiola, presidente do Sindirepa.

Nas marcas "premium" a exigência é ainda maior. Mecânicos passam por treinamentos no exterior.

Na oficina da Ferrari, reparadores precisam ter conhecimento da língua italiana e, de preferência, experiência em competições automobilísticas.

PADRÃO ALEMÃO

Mecânico qualificado e certificado pela Mercedes recebe salário de até R$ 7.000. Toda oficina autorizada, pelo estatuto da empresa, precisa ter pelo menos um técnico com essas qualificações. Concessionárias da marca alemã cobram R$ 200 a hora do mecânico, valor similar ao de outras marcas de luxo.

Comentar esta reportagemVer todos os comentários (240)

  1. Alagoano sem Esperança (714)01/07/2012 12h59

    Eu não entendi onde a reportagem quer chegar nesta materia.Primeiro a matematica é burra,como é que um mecanico ganha 88 ph e o salario é 2 mil? qd o medico ganha 45 e 4.200 ao mes? Depois, como tem mecanico que ganha 7 mil,tem medico que ganha mais de 100 mil por mes. Francamente, não entendi nem raciocinio nem o prosito da maria.

    O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem

  2. André Françoso (190)01/07/2012 13h53

    MENTIRA! Se tem uma classe de empresários que não presta neste país, esses são os donos de oficina, muitos ficaram milionários se aproveitando da diferença entre o cobrado do cliente e pago ao mecânico. Concessionária resolve problema? ah vah, no máximo sabem trocar um disco de freio e olha lá. A verdade é que a maioria ABSOLUTA dos mecânicos desta cidade ganha menos que um lixeiro(inclusive eu). Fato!

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  3. Joca (15)01/07/2012 13h22

    Nada mais justo!! em um País onde o povo se preocupa mais em ter um carro novo do que ter saúde e educação, o salário dos respectivos profissionais tem que ser de acordo com sua importância para com a sociedade.

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