Remodelado, Citroën C3 encara rivais pelo título de melhor compacto premium
EDUARDO SODRÉ
DE SÃO PAULO
Sob o sol morno do inverno paulistano, o Citroën C3 desfila com seu enorme para-brisa panorâmico.
Em outro ponto da cidade, o motorista de um Fiat Punto acessa a caixa de mensagens de seu celular usando comandos de voz. O computador de bordo lê os torpedos sem que o condutor precise tirar as mãos do volante e os olhos da estrada. Está provado: hatch compacto deixou de ser sinônimo de carro popular.
Os fabricantes criaram nome para a nova categoria: segmento B premium. Os principais representantes da classe foram reunidos neste teste comparativo, no qual não há vencedores ou vencidos. É o nicho mais equilibrado do mercado, e a falta de um item aqui é compensada por uma boa surpresa acolá.
Alessandro Shinoda/Folhapress | ||
Novo Citroën C3 (à dir.) ao lado do Fiat Punto reestilizado, que também estreia como modelo 2013 |
O Honda Fit é um exemplo disso. O pacote de itens da versão EX não supera o de nenhum rival, mas, quando se começa a mexer na cabine, as qualidades sobressaem.
É possível carregar uma prancha de surfe dentro do compacto de origem japonesa, basta colocar os bancos na posição certa. E lá está o maior porta-malas da categoria, com 384 litros de capacidade. É o hatch mais versátil do segmento, quase uma minivan.
Quem busca espaço deve correr para uma loja Honda? Ainda não. Antes é preciso conhecer o Chevrolet Sonic, que custa menos e também não aperta os passageiros.
NA PISTA
A evolução do segmento é acompanhada pela elevação dos preços. As versões mais simples dos carros testados custam cerca de R$ 40 mil, enquanto os populares básicos são oferecidos por pouco mais de R$ 21 mil. Mas, no pacote de equipamentos, quanta diferença.
A versão de entrada do Citroën C3 (1.5 flex Origine) custa R$ 39,9 mil e vem com airbag duplo, freios ABS, computador de bordo, acionamento elétrico dos vidros dianteiros, das travas e dos retrovisores, ar-condicionado e direção com assistência elétrica. É quase tão equipado quanto o hatch médio C4, cujo preço parte de R$ 50.890.
A versão testada (1.6 Exclusive) é vendida por R$ 49.990 e traz também rodas de liga leve de 16 polegadas, sistema de som com bluetooth e entrada USB, luzes diurnas com LEDs no para-choque dianteiro e o para-brisa Zenith, seu grande diferencial.
Alessandro Shinoda/Folhapress | ||
Honda Fit, Chevrolet Sonic e Ford New Fiesta completam o comparativo dos hatches compactos premium |
TELHADO DE VIDRO
Equipamento de série a partir da versão 1.5 Tendance (R$ 43.990), o enorme vidro panorâmico amplia em 80 graus o campo de visão no C3. Para atenuar a exposição ao sol, há uma faixa degradê sobre a cabeça dos ocupantes dos bancos dianteiros. É possível também estender a forração do teto manualmente.
O teste foi realizado com toda a área do para-brisa aberta. É quase como andar em um carro conversível, mas sem problemas com o vento, o sol ou a poluição.
Com 122 cv, o C3 1.6 16v é o mais potente do teste, mas não foi superior em desempenho. O melhor nesse quesito foi o New Fiesta.
O motor 1.6 Sigma do compacto da Ford (115 cv) garantiu uma pequena vantagem em aceleração e foi o mais econômico entre os modelos testados.
Fabricado no México, o New Fiesta peca por oferecer espaço reduzido no banco traseiro. Quem não precisa disso ficará satisfeito com o desenho moderno e a ampla lista de equipamentos, que inclui o melhor pacote de segurança da categoria como item opcional.
A versão mais cara do Ford (R$ 50,9 mil) traz sete airbags e auxílio de partida em rampas, sistema que evita que o carro ande para trás ao sair de uma ladeira.
O que falta ao New Fiesta é uma opção com caixa automática, disponível nos rivais -no Punto, o sistema é o automatizado Dualogic Plus.
E quando o assunto é câmbio automático, nenhum concorrente supera o Chevrolet Sonic e suas seis marchas.
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress | ||
EQUIVALENTES
Nas versões manuais testadas, os carros se equivalem. Todos são ágeis e agradáveis de dirigir, com pedais de embreagem leves.
O Sonic e o New Fiesta transmitem mais esportividade, enquanto o Fit e o C3 valorizam um rodar mais suave. O Fiat Punto 1.6 Essence fica no meio do caminho, mas tem na linha a opção TJet, com motor 1.4 turbo (152 cv). É o hatch compacto nacional mais rápido do mercado.
Apesar das diferenças, todos os carros testados são atuais. Mesmo o Fiat Punto, modelo apresentado há mais tempo, continua em dia com o mercado europeu, salvo pequenas diferenças de estilo.
O C3 está à frente: a grade adotada no Brasil ainda não foi lançada na França. Não há segmento melhor para quem pretende rodar em sintonia com o mundo. (Eduardo Sodré)
As montadoras cederam os carros para teste
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