Nascido nos EUA, novo Fusion muda para agradar europeus
JOSIAS SILVEIRA
ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES (EUA)
Esqueça o Fusion atual. Neste modelo, baseado no conceito Evos, tudo é novo, desde a carroceria até as características mecânicas e os recursos eletrônicos.
O modelo 2013 chega ao Brasil apenas na versão intermediária Titanium 2.0 EcoBoost. Completa e com tração integral, sai por R$ 112.990 (5% de reajuste).
A pré-venda começa em novembro, e as 400 primeiras unidades serão entregues em dezembro.
O modelo de entrada, que ganhará motor 2.5 flex, só virá do México a partir de março. Já o Fusion Hybrid aparece em abril do ano que vem.
Seguindo a tendência do "downsizing", a versão Titanium traz motor menor e tão potente quanto o 3.0 V6 do Fusion anterior. Segundo a montadora, o 2.0 EcoBoost de quatro cilindros (e 240 cv) chega a ser 20% mais econômico e 15% menos poluente.
Divulgação | ||
A Ford não divulga, porém, o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h, que deve ser feito em pouco mais de 7s -- até porque os 34,7 kgfm de torque estão disponíveis já a 1.750 rpm.
Como o carro será vendido também no Velho Continente (com o nome Mondeo), o acerto da suspensão ficou mais firme --como gostam os europeus--, característica atestada pela reportagem em um test drive nos arredores de Beverly Hills (EUA).
O sedã agora tem uma pegada mais esportiva, apreciada pelo público jovem (o Fusion anterior concentrava seus donos na faixa dos 50 anos).
Os cuidados com aerodinâmica também foram intensos. A grade dianteira, por exemplo, traz uma persiana comandada eletronicamente para se fechar em velocidades altas. Assim, o coeficiente aerodinâmico do carro cai para 0,27, muito bom para um sedã.
Aliás, eletrônica é o que não falta ao modelo. Começando pela fechadura digital, que permite abrir a porta do motorista com uma senha: basta passar o dedo na coluna para que o teclado apareça iluminado.
No Titanium ainda há radares que monitoram o tráfego, mantendo uma distância segura em relação ao carro da frente -isso quando o controle de cruzeiro estiver acionado. Sensores também alertam quando há risco de colisão.
É com essa sofisticação que a Ford espera promover o sedã ao patamar dos rivais premium e vender o Fusion em maior quantidade também no Brasil. Como o sedã de luxo vem do México e existem limitações nas cotas de importação, uma solução seria transferir parte da produção do novo Fiesta, hoje também fabricado no México, para São Bernardo do Campo, abrindo espaço para uma cota maior do Fusion.
O jornalista viajou a convite da Ford
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