Defeito no rastreador veicular começa na instalação
RICARDO RIBEIRO
DE SÃO PAULO
Os rastreadores serão obrigatórios só a partir de 2013, quando os veículos deverão sair de fábrica com o equipamento. Contudo, o serviço já está disponível no mercado por meio de empresas especializadas. O teste Folha-ProTeste avaliou o trabalho de algumas delas na cidade de São Paulo.
Os técnicos da ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) verificaram os procedimentos de instalação. Depois, em laboratório, o funcionamento do rastreador foi aferido (veja a avaliação de cada etapa no quadro abaixo).
Editoria de Arte/Folhapress | ||
ACABAMENTO
Apenas a Tracker e a Car System apresentaram um bom acabamento pós-instalação e funcionamento correto.
Os serviços de Sim, Graber e Global Safe tiveram problemas como falta de cuidado com a parte interna do veículo, mau isolamento da fiação e disposição ruim dos componentes, o que reduz a captação de sinal. Nas três empresas, os técnicos permitiram que o cliente soubesse o local onde o rastreador foi colocado, o que, segundo o ProTeste, coloca o motorista em risco.
O instalador da Sim usou instrumentos inadequados, como estilete. Apenas o técnico da Car System fez o "checklist" antes e depois da instalação, verificando o funcionamento de itens elétricos do carro.
Os resultados da instalação em motos foram melhores. Os dispositivos estavam bem distribuídos pelo veículo, não comprometendo seu funcionamento. A fiação foi adequadamente isolada, e o acabamento, preservado.
ESTRUTURA
Porém, na avaliação da ProTeste, a estrutura das oficinas e a postura dos técnicos ainda deixam a desejar.
Apenas os técnicos da Car System e da Pósitron, por exemplo, preencheram corretamente os "checklists" pré e pós-instalação do sistema nas motocicletas.
Quatro das cinco empresas avaliadas permitiram que o dono da moto visse onde o rastreador foi instalado. A exceção foi a Car System.
As avaliações foram realizadas no mês de outubro. As empresas não sabiam que estavam sendo avaliadas, pois os técnicos da ProTeste apresentavam-se como clientes.
Foram utilizados um Chevrolet Celta 1.0 e uma Honda Shadow 750. Os valores da instalação e da mensalidade do serviço de rastreamento mencionados no quadro são referentes a esses veículos.
OUTRO LADO
A Sim disse que seus técnicos farão uma reciclagem e que revela o local do rastreador para quem exige a informação, mediante a assinatura de um termo de responsabilidade. A Graber alega que menos de 0,1% dos clientes reclama da instalação. A Pósitron disse que orienta instaladores a não revelar o local. A Global Safe não respondeu.
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