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25/11/2012 - 07h03

Fluence GT entra na briga dos sedãs turbo

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

O Fluence 2.0 GT é o novo integrante do clube dos sedãs médios turbinados. A Renault caprichou no traje esporte para diferenciá-lo do Volkswagen Jetta 2.0 TSI e do Peugeot 408 1.6 THP, adeptos do estilo casual chique.

Se alguém que não conhece os carros tivesse de apontar para o mais veloz, o Fluence seria o provável indicado. O carro parece mais baixo devido ao spoiler frontal e às saias laterais, enquanto Jetta e 408 mantêm a fleuma de sedãs executivos. Rodas com detalhes em preto e um pequeno defletor de ar na tampa do porta-malas completam o pacote "bad boy" do Renault.

Lucas Lima/Folhapress

Esses cuidados estéticos agradarão aos órfãos do Honda Civic Si, que deixou de ser produzido em 2011. Outra semelhança é o uso de um câmbio manual de seis marchas.

Porém, o sedã de origem japonesa mexia mais com os sentidos. O som do motor, a embreagem pesada e a suspensão que abria mão do conforto em prol da estabilidade deixavam o Civic rude, do jeito que os apreciadores de esportivos gostam.

As pretensões do Fluence GT são diferentes. Basta ver a potência de 180 cv, contida para um motor 2.0 turbo. Na Europa, o Mégane RS chega aos 265 cv com o mesmo conjunto mecânico.

Do ponto de vista da engenharia, dar um salto como esse seria relativamente simples. O problema é o quanto iria custar, por exigir grandes mudanças nos sistemas de freios, de direção e de suspensão, além de gastos para adequar o carro ao combustível brasileiro e às normas de emissões vigentes.

A Volkswagen foi mais ousada com o Jetta. A versão TSI (200 cv) traz câmbio de dupla embreagem e suspensão traseira multibraços.

São sistemas mais caros que os usados no Renault e servem para justificar o preço. O VW é menos equipado e custa cerca de R$ 5.000 a mais que o Fluence.

Lucas Lima/Folhapress

Quando os valores entram na conversa, o 408 THP começa a falar alto. O modelo tem câmbio automático de seis marchas e a cabine mais espaçosa entre os modelos testados.

O Peugeot é o carro mais em conta deste teste comparativo (R$ 74.990) e não tem as pretensões esportivas do Fluence GT. Porém, mesmo sendo mais pesado e menos potente (165 cv), foi tão rápido quanto o Renault nas provas de retomada e aceleração.

Mas não o suficiente para bater o Jetta, superior em todas em medições de desempenho. Só falta a Volkswagen caprichar um pouco no pacote de equipamentos para transformá-lo no melhor negócio do segmento.

O Renault entra em desvantagem nessa briga, pois uma versão com câmbio automático fará falta em tempos em que até superesportivos deixaram de lado o pedal de embreagem.

O 408 THP luta para conquistar prestígio com um conjunto mecânico bem acertado. É uma boa escolha para quem deseja um sedã rápido e bem equipado e não quer gastar mais de R$ 80 mil.

JETTA É MENOS EQUIPADO

Os sedãs têm freios ABS e seis airbags de série. Bancos de couro também estão presentes, mas apenas Peugeot e Renault trazem GPS, teto solar e faróis de xenônio incluídos no preço.

Para ter tais equipamentos no Jetta TSI, é preciso investir em pacotes que elevam o preço para R$ 93,9 mil.

Carolina Daffara/Editoria de Arte
 

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