Aceleramos o Viper, que chega em 2013
JOSIAS SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA EM ATLANTA
O ronco chega fácil aos ouvidos devido ao escapamento colocado logo abaixo das portas. O som gera uma sensação que mistura receio e vontade de acelerar. O Viper continua sendo um carro de competição amansado para as ruas.
A nova geração do ícone da Chrysler só se mostra para valer em pista livre. Segundo o fabricante, atinge a velocidade máxima de 330 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 3,5s.
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O carro chegará ao Brasil no ano que vem em duas versões: SRT Viper e SRT Viper GTS. A engenharia do grupo Fiat Chrysler está fazendo os últimos acertos para adaptar o esportivo ao combustível e às ruas locais.
Para arrancar no autódromo de Atlanta (EUA), foi preciso controlar bem o pedal de embreagem. O câmbio manual de seis marchas tem relações longas, mas os engates são curtos e precisos.
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Produzido artesanalmente em Detroit, o Viper exige respeito. O esportivo de motor V10 (640 cv) tem força de locomotiva. São 83 kgfm de torque, dez vezes mais que um carro popular. As acelerações são estúpidas e separam os pilotos dos motoristas.
"CONSERTEM TUDO"
A primeira geração do esportivo americano foi lançada em 1995 e parou de ser fabricada em 2010. A lenda diz que seu processo de "ressurreição" teve início após Sergio Marchionne, presidente do grupo Fiat Chrysler, dar uma volta com o carro em uma pista de testes.
"Vocês querem continuar produzindo? Então, consertem tudo", teria dito o executivo aos engenheiros da Chrysler.
O Viper anterior era bom de aceleração e ruim de curvas. A solução do problema coube ao time da SRT (Street and Racing Technology), divisão esportiva da Chrysler.
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Diversas mudanças foram feitas para melhorar a estabilidade e a dirigibilidade. O carro recebeu eixo dianteiro mais largo, barra antitorção e freios fornecidos pela italiana Brembo. Para reduzir o peso, a carroceria traz partes em alumínio aeronáutico e fibra de carbono.
Há também controles de estabilidade e de tração, que atuam levemente em situações extremas. Esses sistemas podem ser desligados, ação que transforma o Viper em um touro bravo. É como pilotar um enorme motor, não um carro. Foi tal característica que transformou o carro em um ícone americano.
Essa sensação tem preço: o modelo mais simples deverá custar cerca de R$ 400 mil.
O jornalista viajou a convite da Chrysler
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