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11/02/2013 - 07h05

Renovação de produtos e oferta de crédito turbinam venda de carro nos EUA

RICARDO RIBEIRO
ENVIADO ESPECIAL A ORLANDO (EUA)

A venda de veículos novos nos EUA deve continuar crescendo e pode atingir volume semelhante ao registrado antes da crise de 2008 em 2016. A previsão sobre a recuperação do mercado norte-americano é consenso entre especialistas e investidores do setor que participam nesta semana da convenção anual da NADA (associação dos concessionários dos EUA).

De acordo com Paul Taylor, economista-chefe da NADA, mais de 15,4 milhões de novos veículos serão vendidos nos EUA este ano. Em 2012 foram emplacadas 14,4 milhões milhões de unidades.

Rebecca Cook/Reuters
Toyota antecipou em Detroit as linhas do futuro sedã Corolla
Entre as dezenas de novidades apresentadas no Salão de Detroit, em janeiro, estava o conceito do futuro Corolla

"A demanda reprimida, o credito fácil e o crescimento da economia vão garantir o bom resultado", prevê Taylor. "No início do ano, o crescimento real do PIB norte-americano será de cerca de 2,3%, com crescimento próximo de 3% no último semestre do ano."

Durante a crise, muitos norte-americanos deixaram de comprar e agora devem trocar de veículo. A idade média da frota subiu para 12 anos, patamar considerado elevado para o país.

"O crédito também está perto de um recorde de taxas baixas e não esperamos que isso mude", revela Brandon Mason, da consultoria PwC.

BOM PAGADOR

Estudo da J.D. Power, consultoria especializada no mercado automotivo, também aponta uma inadimplência pequena no financiamento de carro, o que elevou a oferta de crédito a juros mais baixos.

"Os dados mostram que quando o norte-americano se aperta, ele deixa de pagar a hipoteca da casa, a escola do filho, mas não deixa de pagar a prestação do carro. Nos EUA, é o crédito mais seguro que há", avalia Flavio Meneghetti, presidente da Fenabrave (federação dos concessionários do Brasil), parceira da NADA.

Outro fator que deve elevar as vendas é uma forte renovação dos produtos nos EUA, liderada pelos grandes fabricantes.

"Ninguém mais faz um carro ruim", afirma Chris Travell, da Maritz Research, especializada em pesquisar a opinião do consumidor. "Quando você anda pelos salões de automóveis nos EUA, você percebe isso, que ressoa no consumidor."

O valor do imóvel, índice que nos EUA garante a confiança do cidadão para consumir, também voltou a subir. A NADA espera que o mercado norte-americano chegue a 16 milhões de automóveis vendidos em 2016. No ano que antecedeu a crise de 2008, foram vendidos 17 milhões de veículos no país.

 

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