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24/02/2013 - 06h01

Rodízio estimula motorista a escolher final da placa e já interfere na revenda

FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

Na capital, onde há o rodízio de veículos, cerca de 90% dos motoristas fazem questão de escolher o final da placa do carro, estima o Sindicato dos Despachantes no Estado de São Paulo, cujos profissionais cuidam do licenciamento de três em cada quatro carros na metrópole.

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A maioria dos condutores não quer cair no rodízio em dias próximos a fins de semana, quando a frota sem restrição para circular registrada na capital é até 16% maior, conforme apontam dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

Por esse motivo, placas com finais 1 ou 2, que limitam a circulação de carros e caminhões na segunda-feira, e as terminadas em 9 ou 0 (sexta-feira) passaram a ser preteridas.

Editoria de Arte/Folhapress

O Detran informa que acompanha os registros para que haja uma distribuição equilibrada e que o DSV (Departamento de Operação do Sistema Viário), que monitora o trânsito na capital, não acionou o órgão sobre a possível relação entre a escolha das placas e a piora na condição do trânsito.

Porém, ainda de acordo com o Detran, caso haja uma maior disparidade na distribuição das placas e isso afete a circulação na região, o poder público poderá alterar as normas para a escolha.

Quem compra um carro zero-quilômetro pode escolher o número final da placa sem custo. Personalizar letras e números custa cerca de R$ 400 em despachantes. Após o licenciamento, a placa não pode ser alterada.

Segundo revendedores de automóveis usados, os modelos com placas de finais de 3 a 8 têm menor rejeição no mercado.

"O final da placa de um seminovo tem a mesma importância hoje que itens como o ar-condicionado e a direção hidráulica", diz Regina Gallina, consultora de vendas da concessionária Itavox.

Ela conta que já deixou de negociar vários veículos por força da "numerologia": "Nem todos querem final 1 ou 9. Quem tem mais de um carro na garagem também evita que ocorra coincidência nos dias de restrição".

Pelas estatísticas, o dia preferido do paulistano para ficar sem o carro no horário do rodízio (das 7h às 10h e das 17h às 20h) é a quarta-feira.

É o caso do consultor de projetos Wagner Bacha, 41, dono de um Renault Sandero com placa final 5-número escolhido no licenciamento.

"Ficar sem o carro no meio da semana é menos problemático, por conta da minha agenda de reuniões", explica o motorista, que diz ser contra a aquisição de um carro extra para se livrar do rodízio.

Já o recepcionista Michel Moura, 23, é exceção: "Prefiro o final 9 ou 0. Assim, na sexta-feira, quando há mais carro na rua, pego ônibus".

Desobedecer o rodízio é infração de trânsito e o motorista está sujeito a multa de R$ 85. No ano passado, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) notificou 2,2 milhões de condutores rodando em horário proibido.

 

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