Jimny nacional preserva valentia do japonês
EDUARDO SODRÉ
ENVIADO A MOGI-GUAÇU (SP)
A subida com pedras irregulares não era o lugar mais indicado para passear de carro. Era tarde para recuar, e o engenheiro da Suzuki garantia que o Jimny passaria em seu primeiro teste após o início da produção no Brasil.
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O utilitário compacto fabricado em Catalão (GO) se contorce sobre as rochas, coloca uma roda no ar e segue adiante, com a caixa de redução acionada e sempre em primeira marcha. Pela valentia, bem que o carro merecia manter o antigo nome: Samurai.
A mudança aconteceu no fim da década de 1990, quando a Suzuki passou a adotar a assinatura "Jimny" no Brasil. Essa é a terceira geração do veículo, que foi lançado no Japão em 1970 e tornou-se referência no mundo off-road.
Divulgação | ||
Por ser um 4X4 de verdade, o Jimny abre mão de luxos em prol da robustez. No lugar das forrações requintadas de alguns jipinhos urbanos que jamais colocaram seus pneus na lama, o Suzuki traz plásticos duros e tecidos que não se esgarçam com facilidade. Lavou, está novo.
O espaço interno é bom nos bancos da frente e restrito atrás, onde há dois assentos rebatíveis. Também não há muito lugar para levar bagagens, pois o porta-malas com capacidade para 330 litros é pouco maior que o de um Volkswagen Gol (285 litros).
de dar inveja
O mesmo tamanho diminuto que compromete o conforto a bordo garante que o Jimny seja capaz de feitos que deixariam muitos Land Rover com inveja.
A soma da tração nas quatro rodas com o entre-eixos curto e os pneus especiais da versão testada fizeram o Suzuki cruzar valas profundas e lamaçais sem que o assoalho ou o diferencial raspassem nos obstáculos. Um utilitário maior teria problemas para segui-lo na trilha.
Para rodar no asfalto, a versão de entrada (R$ 55.990) é a indicada. O sistema de tração não muda, mas os para-choques e os pneus são mais baixos e urbanos.
Contudo, não se engane: o Jimny não equivale a um Ford EcoSport. O Suzuki é um jipe de verdade, que quica nos buracos e inclina nas curvas.
Seu motor 1.4 a gasolina (85 cv), que em breve será flex, oferece força em baixa rotação, mas não o vigor dos modelos puramente urbanos.
Em resumo: se você quer um automóvel dócil para o cotidiano, passe longe do Jimny. Mas se deseja um parceiro para aventuras mais radicais do que cruzar uma rua alagada, ele pode ser o carro certo.
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