Vítima de batida pode optar por oficina preferida
SUELI OSÓRIO
DE SÃO PAULO
Imagine a situação: bateram no seu carro e a seguradora do outro motorista é que fará a indenização ou o conserto do veículo.
O primeiro passo, segundo Neival Freitas, diretor-executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), é comunicar a seguradora sobre o dano, com Boletim de Ocorrência relatando o acidente e o segurado assumindo a responsabilidade.
"Depois disso, a seguradora fará uma inspeção nos dois veículos, confirmando se os danos apontados correspondem ao que ocorreu de fato e indicará as oficinas referenciadas para o reparo."
No caso de perda total, quando o custo de reparação for igual ou superior a 75% do valor do veículo, a seguradora segue a tabela Fipe para pagar a indenização, segundo Tiago Mateus das Neves, diretor da corretora Willis Brasil.
Se os danos puderem ser reparados, o dono do carro pode solicitar que o serviço seja feito em oficina da confiança dele. "Mas o orçamento deve ser aprovado pela seguradora. Em aproximadamente 90% dos casos chega-se a um acordo", calcula.
GARANTIA
Neves aponta algumas vantagens em escolher uma oficina referenciada para o conserto. "Ao término do reparo, o dono do veículo pode pedir que a seguradora faça uma vistoria de qualidade." Além disso, o executivo diz que a seguradora oferece garantia do conserto e, normalmente, o prazo de entrega do automóvel é menor.
Se a vítima optar por uma oficina referenciada, vale seguir algumas dicas.
Para o engenheiro mecânico Rubens Venosa, é importante telefonar para as oficinas indicadas perguntando qual é o prazo para a execução do serviço, tempo de garantia e, se ocorrer algum problema na pintura, por quanto tempo terá direito à repintura, por exemplo.
Também é importante saber se as peças serão compradas na concessionária e se a oficina apresentará as notas fiscais dos componentes.
Laur Diuri, diretor de sinistros da Allianz Seguros, lembra que o Código do Consumidor diz que, para usar peça alternativa, é preciso ter o consentimento do proprietário do veículo.
Outras recomendações de Venosa são conhecer as instalações da oficina, verificar a limpeza, organização, equipamentos, informar-se sobre o prazo de garantia dos serviços realizados e, na entrega do carro, fazer uma inspeção detalhada para ver se tudo está funcionando bem.
Eduardo Dal Ri, diretor de automóveis da SulAmérica, recomenda que a vítima leve o carro ao centro automotivo da seguradora. "O veículo será checado, o proprietário poderá ver fotos das oficinas referenciadas e fazer a escolha. Se ele quiser, a própria seguradora leva o carro para a oficina escolhida."
Para Dal Ri, deve-se considerar as garantias que a seguradora dá. "A SulAmérica, por exemplo, oferece dez anos de garantia para pintura, 90 dias para danos mecânicos e elétricos e três anos para funilaria."
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