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08/09/2013 - 02h01

Scooter elétrico e-max não polui, mas sofre com a pouca autonomia

JOSIAS SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para começar, é preciso se acostumar com o silêncio: o motor elétrico, dentro da roda traseira, praticamente tem seu barulho abafado pelo ruído dos pneus no asfalto.

A condução resume-se a acelerar ou frear, como em qualquer scooter. Mas cuidado com os pedestres, pois muitos atravessam a rua "de ouvido", e a "mudez" do e-max 120 LD engana.

Leonardo Soares/Folhapress

Nesse caso, a buzina torna-se equipamento de primeira necessidade para evitar atropelamentos.

Com a realização do 9º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, o transporte ecológico movido a baterias vai ficar em evidência. E o e-max será exposto em várias versões, incluindo a Delivery, que a Folha avaliou. O modelo já vem com baú, próprio para entregas.

Segundo a Riba Motos, representante da empresa australiana que monta o e-max, o 120LD, topo da linha, custa R$ 15 mil -mesmo preço da configuração sem o baú e com assento extra para um garupa.

Como sempre ocorre em veículos elétricos, o custo das baterias (de lítio, 48V/54 Ah) eleva seu preço. Só uma troca de acumuladores corresponderia a cerca de um quarto do preço da moto.

FÁCIL DE PILOTAR

Apesar de ser um scooter grande para carga (são 2 metros de comprimento), o veículo é fácil de pilotar. O desempenho lembra o de uma moto de 90 cc a gasolina.

Leonardo Soares/Folhapress

Apesar dos tímidos 3,3 Kw de potência (algo equivalente a 4,5 cv), o bom torque do motor elétrico permite arrancadas rápidas.

Principalmente se o motor estiver regulado para o rendimento máximo, capaz de levar o veículo aos 70 km/h.

O scooter pode rodar também nos modos econômico e normal, mas aí a agilidade no trânsito fica prejudicada.

Leonardo Soares/Folhapress

A compensação vem com o menor consumo das baterias. A autonomia, aliás, é o aspecto mais complicado dos veículos elétricos.

O e-max promete rodar entre 45 km e 90 km sem recarga, dependendo da forma de condução. A Honda CG 150, por exemplo, pode rodar mais de 350 km com um tanque.

Quando se desacelera em uma descida, o motor elétrico do scooter inverte sua função e recupera levemente a carga.

Para "encher" totalmente as baterias, é necessário conectá-las a uma tomada doméstica de 220v por três horas ou por mais de cinco horas em 110v. E caso o e-max pare por "pane seca", serão necessários ao menos sessenta minutos de energia elétrica para que ele volte a rodar.

O peso (130 kg) é relativamente elevado para o porte da moto. Só as baterias representam 40 kg do total.

Os freios, com discos na dianteira e na traseira, são bastante eficientes, assim como o tamanho das rodas (13 polegadas), permitindo encarar buracos menos profundos.

O desconforto maior fica por conta da suspensão, firme demais para nosso asfalto irregular. Segundo a empresa, o sistema será recalibrado para absorver melhor a buraqueira brasileira.

Leonardo Soares/Folhapress

BALIZA

Para facilitar as manobras de estacionamento, a e-max traz dois cavaletes laterais, um de cada lado, além do central. Itens práticos, mas que acrescentam peso a um veículo que só tem vantagens de rendimento se for leve.

Outra mãozinha para balizas: a marcha a ré e o freio de estacionamento.

De acordo com a Riba Motos, o gasto com eletricidade corresponde a apenas um quinto do custo de combustível em um scooter similar a gasolina.

Contudo, deve ser acrescentada à essa conta a reposição das baterias de lítio (acima de R$ 3.000), que precisam ser trocadas após mil recargas.

Ou seja: se for recarregado diariamente, o conjunto de baterias vai durar três anos. De qualquer forma, é o preço que se paga para ser ecológico.

 

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