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09/09/2013 - 21h11

Mercados emergentes exigirão precauções, diz diretor mundial da VW

GABRIEL BALDOCCHI
ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT

Enquanto comemoram vendas acima do esperado nos EUA e sinalizam com uma possível retomada na Europa, as montadoras começam a enxergar os emergentes como uma fonte de preocupação.

O temor é que uma esperada alta dos juros e a desvalorização das moedas provoquem uma desaceleração mais forte nas vendas desses países.

"Ainda não há sinais reais, mas a lógica diz que algo pode acontecer [nos emergentes], então teremos que ser mais precavidos", afirma o diretor financeiro global da Volkswagen, Hans Dieter Pötsch, sem detalhar os países nem quais precauções seriam necessárias.

A marca tem a China e o Brasil como dois de seus maiores mercados.

Pötsch cita ainda como fator negativo a desaceleração na economia chinesa, que terá efeitos sobre os demais emergentes.

Nações como China, Brasil, Índia e Rússia ganharam relevância para a indústria depois que a crise econômica mundial abalou os EUA e o mercado europeu.

Os emergentes vinham evitando ou atenuando perda das matrizes nos últimos quatro anos.

Em 2013, contudo, as vendas nos EUA reagiram e já exibem crescimento de dois dígitos para as grandes marcas. A Europa, onde a indústria foi mais abalada, ainda sofre, mas o mercado já fala em retomada.

"A situação ainda é muito desafiadora. Vemos alguma saída e há uma pequena chance de que o mercado mostre uma recuperação no ano que vem", diz Potsch.

Já no Brasil, a previsão foi revisada para baixo na última semana diante de sinais de vendas mais fracas. A expectativa é de um crescimento pouco superior a 1%, ante expectativa anterior de avanço de 4%.

As declarações do executivo foram dadas em evento da Volkswagen que antecede o Salão do Automóvel de Frankfurt, a feira mais importante do setor no Velho Continente.

O grupo apresentou modelos novos para cada uma de suas marcas, como a Audi e a Skoda, e sinalizou que irá apostar mais em veículos elétricos e híbridos, de menor emissão de poluentes que os tradicionais, a combustão.

"Agora o grupo Volkswagen dá um passo na e-mobilidade. É o cliente que escolhe qual propulsão elétrica quer ter", afirmou presidente mundial da empresa, Martin Winterkorn.

Os lançamentos com a tecnologia "verde" do grupo vão desde o elétrico subcompacto UP! até o superesportivo Porsche 918 Spyder.

Com a promessa de lançar mais 40 modelos com a tecnologia, a montadora espera ser líder no segmento de elétricos e híbridos até 2018, quando também projeta ser o maior grupo automobilístico do planeta.

O jornalista viajou a convite da Anfavea

 

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