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13/10/2013 - 02h00

JAC J6 e Chevrolet Spin oferecem praticidade, mas falta potência

DE SÃO PAULO

Para quem procura uma minivan que leve até sete ocupantes, a Chevrolet Spin LTZ e a JAC J6 Diamond são as opções mais baratas da nova safra -custam, respectivamente, R$ 55.290 e R$ 59.990.

Recém-reestilizado, o modelo chinês tenta justificar o preço com motor maior e uma lista gorda de equipamentos, como o ar-condicionado digital e o acendimento automático dos faróis ao entardecer.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Spin (à esq.) acelerou de zero a 100 km/h em 12s e foi mais ágil que a J6 (à dir.), que cumpriu a mesma prova em 12,8s
Spin (à esq.) acelerou de zero a 100 km/h em 12s e foi mais ágil que a J6 (à dir.), que cumpriu a mesma prova em 12,8s

Já o modelo nacional confia na força da marca da gravatinha dourada e na posição elevada de guiar, que agrada o público feminino.

Elas são o público-alvo desse tipo de carro, que acomoda bem até cinco adultos nas duas primeiras fileiras de bancos e mais um par de crianças nos dois pequenos assentos escamoteáveis instalados no porta-malas.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Minivan Chevrolet (à dir.) foi melhor em consumo: sua média ficou em 10,3 km/l com gasolina na cidade, contra 6,8 km/l da JAC na mesma condição
Minivan Chevrolet (à dir.) foi melhor em consumo: sua média ficou em 10,3 km/l com gasolina na cidade, contra 6,8 km/l da JAC na mesma condição

Com todos a bordo, porém, quase não sobra espaço para as malas. Uma alternativa é amarrá-las no rack de teto.

Mas não exagere na carga, pois tanto o motor 1.8 Flex (108 cv) da Spin como o 2.0 a gasolina (136 cv) da JAC já suam para empurrar o peso de carrocerias com 4,5 m de comprimento.

Com maior espaço interno e grande área envidraçada, a "gordinha" J6 (1.500 kg), sofre mais nesse quesito. No teste Folha-Mauá, a minivan chinesa precisou de 12,8s para acelerar de 0 a 100 km/h. Tempo similar ao de monovolumes 1.6 com caixa manual de cinco marchas.

A ausência de uma versão automática acaba sendo o grande pecado do modelo da JAC, que ficou elegante com os retoques promovidos em para-choques, capô, faróis e lanternas.

No interior, a evolução é mais nítida. O antigo painel de carro popular deu lugar a um mais vistoso, com nuances de Hyundai ix35. Porém, os números do novo velocímetro são muito pequenos.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Terceira fileira da JAC J6 tem bancos rebatíveis e individuais, mais confortáveis que o assento inteiriço da rival Chevrolet
Terceira fileira da JAC J6 tem bancos rebatíveis e individuais, mais confortáveis que o assento inteiriço da rival Chevrolet

BEM EQUIPADAS
Sensor de estacionamento e volante multifuncional com ajuste de altura também equipam a Spin. De exclusivo, o Chevrolet traz sistema multimídia com bluetooth, transmissão automática de seis marchas (opcional) e visual polêmico.

A frente alta, a traseira reta e as rodas proporcionalmente pequenas em relação à área lateral deixam o carro com aspecto de veículo de trabalho. Não é à toa que faz sucesso entre taxistas

órfãos da Meriva e da Zafira. A Spin chegou no ano passado para substituir esses dois GM de uma só vez.

Os bons números de emplacamento mostram que a decisão foi acertada. O novo modelo lidera o segmento com 3.300 unidades vendidas por mês. Limitada por cotas de importação, a JAC não vende nem 10% disso.

SETE LUGARES

Basta abrir a porta de uma dessas minivans de sete lugares para que a molecada logo pule lá para o fundo.

A posição elevada desses bancos agrada por ampliar o campo de visão das crianças, além da sensação de se estar em um lugar propício para fazer bagunça.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Spin LTZ tem forrações claras e banco traseiro rebatível
Spin LTZ tem forrações claras e banco traseiro mais simples, rebatível

Mas a grande proximidade com a tampa do porta-malas aumenta o risco de lesão em caso de batida traseira, alerta o Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária).
Segundo o instituto, os ocupantes que vão nas duas primeiras fileiras de bancos viajam mais protegidos.

Segundo a Chevrolet, a Spin possui reforço estrutural na parte posterior, moldada com aço de alta resistência a impactos. Mesmo assim, concessionários da marca dizem aconselhar os consumidores a ocupar o par de bancos extras da minivan apenas em caso de real necessidade.

Outra razão que limita o uso desses assentos é a falta de conforto, principalmente para as pernas de adultos.

Com a nítida impressão de que trazem uma camada extra de espuma -além de encostos menos verticais-, os "banquinhos" do JAC J6 oferecem alguma dignidade à turma do fundão, apesar de o seu acesso ser complicado.

O fato de a minivan chinesa ter duas cadeiras individuais e removíveis ainda possibilita que se acomode um sexto passageiro e bagagens.
Na Spin, a terceira fileira de bancos é inteiriça e, por isso, pesada de manusear.

Em ambos os modelos, porém, os assentos podem ser recolhidos para que o porta-malas supere os 500 litros de capacidade sem obstruir a visibilidade pelo vidro traseiro.

Existem outros modelos na mesma faixa de preço, porém mais antigos. A Nissan Grand Livina 1.8 custa a partir de R$ 53.390. Já o Fiat Doblò 1.4 parte de R$ 53.864, mas o ar-condicionado é opcional.

No andar de cima estão os importados, como a minivan Citroën Grand C4 Picasso 2.0 (R$ 92.470) e os crossovers Fiat Freemont Precision 2.4 (R$ 102,9 mil) e Hyundai New Santa Fé V6 3.3 (R$ 164 mil).

Há também a van americana Chrysler Town&Country 3.6 V6 (R$ 170,9 mil). O modelo se difere dos demais pelas dimensões avantajadas e por trazer sete "poltronas", que o credencia como o carro ideal para viajar com uma família numerosa. Isso se o cliente não ligar para o consumo alto de combustível: 6,3 km/l de gasolina.

 

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