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16/02/2014 - 02h03

Temperatura de carro parado no sol pode chegar a 70 graus, diz estudo

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"
BRUNO ROSAS
DE SÃO PAULO

Segundo pesquisas da Universidade de Saint Louis, Missouri (EUA), a temperatura dentro da cabine de um carro parado ao sol pode alcançar os 70 graus.

Esse cálculo considera locais onde a temperatura ambiente chega aos 40 graus, situação comum em muitas cidades do país nas últimas semanas. E quando não há um ar-condicionado, a situação piora.

É o caso do empresário Luiz Molari, 52, que utiliza seu Peugeot Hoggar para o trabalho em deslocamentos por São Paulo.

"Quando comprei o carro, há três anos, não fazia tanto calor como agora. Estou arrependido por não ter optado pelo ar-condicionado na hora de fechar o negócio".

Raquel Cunha/Folhapress
O empresário Luiz Molari se arrependeu de ter comprado uma picape Hoggar sem ar-condicionado
O empresário Luiz Molari se arrependeu de ter comprado uma picape Hoggar sem ar-condicionado

Para o empresário, o mais difícil é entrar no carro após um tempo estacionado ao sol, quando a temperatura na cabine dispara.

Em medição feita pela Folha utilizando o relógio de mesa do entrevistado, que também marca a temperatura ambiente, o termômetro indicou 47°C no interior do Peugeot. O carro ficou exposto ao sol, com todas as janelas fechadas, por cerca de três horas.

A máxima registrada naquele horário (13h44) em um relógio de rua próximo à residência do entrevistado era de 31 graus.

Ou seja: o clima dentro do carro estava 51,6% mais quente que o lado de fora.

Após esperar por treze minutos com todas as janelas abertas, houve uma diminuição de sete graus.

Caso permaneça na cabine por muito tempo em situações extremas (temperatura acima de 50 graus, por exemplo), o condutor corre risco de ficar desidratado.
Para evitar que isso aconteça, é importante tomar alguns cuidados.

A técnica em enfermagem Vanessa Brandi, 32, proprietária de um Fiat Uno Mille, diz sempre levar uma garrafa cheia de água gelada para se hidratar.

O dermatologista Gustavo Alonso Pereira, do Hospital das Clínicas, tem pesquisado o aumento da ocorrência de câncer de pele no braço esquerdo.

"Em países onde o carro é conduzido pelo motorista sentado no lado esquerdo, como no Brasil, 53% dos casos de células cancerígenas na pele do braço apareceram no órgão que fica mais próximo à janela", diz o especialista. "A principal recomendação é a utilização de filtros solares", completa.

 

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