Honda CBR 500R é mais brava no visual que no desempenho
JOSIAS SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A motoescola das esportivas. É assim que a Honda define a CBR 500R, segundo lançamento da marca japonesa dentro de sua nova linha de média cilindrada.
A carenagem traz dois faróis halógenos e engloba painel digital e semiguidões curtos, que permitem uma pilotagem mais inclinada.
O modelo compartilha motor, quadro e suspensões com a naked CB 500F. São 50,4 cv (a 8.500 rpm), o que é aproximadamente a metade da potência disponível em motos realmente fortes. Ou seja, o visual sugere mais desempenho do que sua mecânica pode oferecer. Por isso ela é indicada para os iniciantes no segmento das esportivas.
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Com 50,4 cv de potência, nova moto da Honda custa a partir de R$ 23 mil (sem frete) |
A CBR tem pilotagem amigável e preço atraente -a partir de R$ 23 mil, sem frete incluso. A versão com freios ABS custa R$ 24,5 mil.
São R$ 1.000 a mais que a CB 500F, valor bastante razoável diante das diferenças visuais. Ambas não têm rivais nessa faixa de cilindrada.
A performance é satisfatória. De acordo com a Honda, é possível acelerar do zero até os 100 km/h em pouco menos de sete segundos, o suficiente para desaparecer na frente dos carros.
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Posição de pilotagem é típica das esportivas |
O banco é dividido em dois níveis -um para o piloto e o outro para o garupa, o que deixa a posição de pilotagem apropriada para viagens em estradas onde a máxima permitida é de 120 km/h.
Já no trânsito urbano, quando punhos e ombros são mais solicitados, a posição torna-se desconfortável, inclusive em manobras. É o preço a se pagar pelo estilo esportivo.
Em uma avaliação feita em pista fechada, foi possível conferir os limites da CBR. Acima de 130 km/h, a aceleração dessa moto é bem mais lenta, apesar de a estabilidade e a dirigibilidade transmitirem confiança mesmo para os menos experientes.
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Painel digital exibe informações de consumo |
O funcionamento suave do motor a gasolina, tocado por uma caixa de seis marchas, também traz conforto em viagens mais longas.
A autonomia é boa, pois o tanque de 15,7 litros permite rodar mais de 300 quilômetros, segundo os cálculos de consumo da Honda.
O painel digital é completo: além de velocímetro, conta-giros e hodômetro, oferece também dados de consumo instantâneo e médio.
Há apenas duas cores disponíveis (branca ou vermelha), e a garantia é de um ano.
Em breve, a família será completada com o lançamento da CB 500X, com perfil aventureiro e posição de pilotagem mais ereta.
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