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02/03/2014 - 03h01

Fiat Palio Fire e Renault Clio economizam até em itens de segurança

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

Em 1996, a primeira geração do Palio foi apresentada como "uma verdadeira revolução no mercado automobilístico". A frase era dita por um locutor no vídeo de divulgação do modelo, distribuído em fitas VHS.

Três anos depois, a Renault lançou o Clio produzido no Brasil. "Conforto de carro grande", dizia o anúncio, que ressaltava ainda os airbags frontais como itens de série.

O tempo passou, mas esses carros são basicamente os mesmos. Houve retoques e mudanças de motorização, mas a plataforma permanece. E após a aposentadoria da Kombi e do Uno Mille, os hatches deste teste Folha-Mauá tornaram-se, junto com o Corsa Classic, os vovôs do setor automotivo.

Uma plástica feita há 11 anos disfarça a idade do Palio. A versão 1.0 Fire tem o mesmo desenho do modelo lançado em 2003, inclusive no interior. Mas os bancos de espuma macia e o painel simplificado revelam parte dos cortes de custos para torná-lo o carro mais barato em produção no Brasil -seu preço parte de R$ 24.190.

O Clio foi remodelado em 2012 e passou a ser produzido na Argentina. As principais mudanças estão na dianteira, que segue o atual padrão de estilo da marca. O quadro de instrumentos com conta-giros e computador de bordo é melhor que o do Fiat, que não traz esses itens.

Os hatches andaram lado a lado na pista de testes, registrando empate técnico em consumo. Os desempenhos ficaram dentro do esperado para populares 1.0, satisfatórios para acompanhar o trânsito urbano. Entretanto, é difícil encontrar uma boa posição para dirigir.

Nenhum dos carros testados tem regulagem de altura da coluna de direção ou do banco do motorista. No Fiat, o volante elevado dificulta a vida de motoristas com menos de 1,70 m de altura. O Renault é mais receptivo nesse aspecto, embora alguns botões sejam mal posicionados.

CADÊ O CINTO RETRÁTIL?

Com maior distância entre eixos, o espaço para as pernas no banco traseiro do Clio é superior. Mas a ausência de cintos retráteis nas laterais naquele assento é uma economia imperdoável nos tempos de hoje. O passageiro precisa regular a tensão das tiras manualmente, o que compromete a segurança.

A Fiat oferece esse sistema como equipamento opcional: faz parte do pacote Celebration 1 (R$ 1.545), que inclui acionamento elétrico das janelas dianteiras e das travas, além de lavador e desembaçador do vidro traseiro.

Apesar de ter sido o primeiro compacto nacional com airbags de série, o Clio só volta a trazer esse item por força da lei, em conjunto com os freios ABS (sistema que evita o travamento das rodas).

Com os equipamentos de segurança, presentes nos carros que chegarão às lojas logo após o Carnaval, o Renault deverá ficar R$ 1.000 mais caro. Hoje, a versão de entrada custa R$ 24.690.

Considerando apenas os preços, os hatches mais baratos do Brasil podem parecer negócios interessantes. O problema é que o segmento de entrada está evoluindo, e todas as marcas precisarão oferecer mais do que a lei obriga. Nesse cenário, Clio e Palio Fire precisariam recuperar suas características originais para voltarem a ser competitivos.

 

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