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23/03/2014 - 02h01

Manter carro de categoria superior pode custar até 50% a mais por ano

FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

O mercado automotivo brasileiro ficou mais "top" nos últimos dez anos. Parte dos consumidores está migrando para carros maiores, mais caros e sofisticados, o que é reflexo do aumento do poder aquisitivo da população.

Ao saltar para um automóvel de segmento imediatamente superior, o motorista logo sente a diferença no nível de conforto -e também no custo extra de manutenção e utilização do veículo.

"Muitos motoristas não calculam o gasto fixo adicional que terá com impostos, revisões, seguro e combustível. Esses acabam surpreendidos, principalmente aqueles que já comprometeram boa parte da renda com o financiamento", observa Michel Calil Matuck, consultor de vendas de uma concessionária Chevrolet da capital.

Editoria de Arte/Folhapress
Cálculo de gastos considera que os veículos rodam, em média, 10 mil quilômetros por ano
Cálculo de gastos considera que os veículos rodam, em média, 10 mil quilômetros por ano
Editoria de Arte/Folhapress

Para mensurar esses valores, a Folha simulou o escalonamento entre quatro importantes segmentos: populares, médios, sedãs executivos e importados premium.

Enquanto o dono de um hatch 1.0 irá desembolsar cerca de R$ 6.100 por ano para percorrer 10 mil quilômetros, o de um utilitário esportivo 1.6 terá despesa 50% maior -aproximadamente R$ 9.150.

Essa conta não leva em consideração custos com estacionamento, lavagem ou desvalorização do veículo no período (em média, de 15% do valor de compra no primeiro ano de uso).
Já manter um importado premium pode sair quase R$ 500 mais caro por mês do que um sedã executivo convencional (veja os valores acima).

Segundo Koh Yuean, gerente de pós-venda de uma oficina Toyota, os custos das revisões programadas de modelos nacionais mais sofisticados caíram bastante, para estimular o consumidor a migrar para esses veículos. Mesmo assim, a revisão de 40 mil quilômetros de um sedã médio como o Corolla (1.8) sai por R$ 794, quase o dobro do cobrado pelo mesmo serviço no compacto Etios (1.3).

PERDAS E GANHOS
Para a comerciante Márcia Pedrão, que pulou de um hatch "pequeno e pelado" para um sedã Cobalt (1.4) completo, o investimento vale a pena quando é planejado. "Tive ganhos de segurança e potência", explica.

Quem roda além dos 10 mil quilômetros por ano terá gastos ainda maiores, impulsionados, entre outros itens, pelo consumo de combustível.

Por exemplo, a minivan Fiat Idea 1.6 percorre 10 km com um litro de gasolina, ante 7,5 km/l da Citroën Grand C4 Picasso 2.0, mostra o teste Folha-Mauá.

Outra conta que costuma variar bastante é a da cobertura contra roubo e acidentes, informa a HDI Seguros, pois o fator de cálculo está relacionado ao perfil e à região em que mora o contratante.

O ideal é fazer um levantamento detalhado dos principais gastos antes da compra para não ter surpresas, aconselham especialistas.

 

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