Com mudanças estéticas e novo preço, Linea quer incomodar sedãs compactos

O Linea chegou em 2008 e foi jogado direto na jaula dos leões. A Fiat acreditava que podia colocar o seu sedã derivado do (compacto) Punto para competir com modelos médios já renomados, como o Toyota Corolla e o Honda Civic. Moral da história: o plano não deu certo e o Linea passou desde então por sucessivas reduções de preço, numa tentativa de se reposicionar e encontrar rivais menores e menos sofisticados.

O lançamento da linha 2015 do carro deixa essa estratégia explícita também aos olhos do consumidor. O carro ganhou opção de painel multicolorido, rodas de desenho chamativo e frisos cromados por toda a carroceria, recursos largamente utilizados em compactos premium.

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	Placa subiu para a tampa do porta-malas

Grade e para-choques foram redesenhados, assim como a tampa do porta-malas, que passou a acomodar a placa. Na parte de baixo, agora, fica um aplique escuro que confere alguma esportividade ao sedã topo da Fiat no Brasil.

As mudanças mais significativas estão na parte interna: a cabine foi remodelada. Não há, porém, surpresas, já que a maioria das peças foram copiadas do Punto.

Como no hatch, a posição de guiar do Linea é bastante agradável, e o motor 1.8 flex de 132 cv (que não recebeu mudanças) continua razoável para um veículo de pouco mais de 1.300 kg.

	Pedro Bicudo/Divulgação
	Frente do sedã da Fiat foi reestilizada

O modelo anterior tinha cravado 11,2s no 0 a 100 km/h do teste Folha-Mauá -números próximos ao de médios-compactos como o Chevrolet Cobalt 1.8 e o Honda City 1.5, o mais econômico deste trio.

O Linea chama a atenção pelo bom nível de acabamento. Mas não traz muitos acessórios além do trivial para um carro que parte de R$ 55.850. O volante, por exemplo, é revestido de couro e as rodas de liga são de 16 polegadas.

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	Há opção de painel bicolor

Completo, com câmbio automatizado, painel bicolor, bancos de couro, navegador e sensor de estacionamento, o veículo chega a R$ 66.450.

Com estas mudanças, a Fiat espera elevar em 30% as vendas do modelo, que, no ano passado, somaram 7.531 unidades (3% dos sedãs médios).

	Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress