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06/04/2014 - 06h02

Jaguar quer retomar aura esportiva com F-Type Coupé

EDUARDO SODRÉ
ENVIADO ESPECIAL A LLEIDA (ESPANHA)

O capacete cobre os ouvidos e faz a voz do instrutor da Jaguar parecer distante. Mas Stewart Lyndall continua a transmitir energicamente suas orientações, mostrando como tirar o máximo do F-Type Coupé V8 (550 cv) no autódromo da cidade espanhola de Lleida.

"Agora, na curva fechada com piso molhado, entre forte, tire o pé do acelerador e vire o volante. O carro fará as correções sozinho", encoraja.

Foram preciso três tentativas para libertar o cérebro da necessidade de pisar no freio e deixar o controle de vetorização resolver o problema. A eletrônica toma as rédeas freando uma roda aqui e liberando outra acolá.

É parte do show dado pelo cupê que tem a missão de reposicionar a Jaguar no segmento dos esportivos de dois lugares -o trabalho começou em 2013, com o lançamento da versão conversível.

"Cerca de 75% dos F-Type Roadster foram adquiridos por clientes que jamais tiveram um veículo da marca", conta Wayne Darley, diretor global da marca inglesa. Perguntado sobre quais carros esses clientes possuíam anteriormente, ele menciona modelos Porsche e BMW.

A ambição é ocupar todas as vagas de garagem de seus consumidores com modelos Jaguar e Land Rover -ambas são hoje uma só empresa, do grupo indiano Tata Motors.

Esses universos encontram-se em soluções técnicas. Por exemplo, a tela sensível ao toque do F-Type tem os mesmos grafismos da disponível no Evoque ou no Freelander. Isso é estranho, pois reduz a sensação de exclusividade do esportivo.

Por outro lado, dividir motores é um bom negócio. O mesmo 5.0 V8 Supercharger que empurra sem medo os 2.330 kg do Range Rover Vogue está também sob o capô do F-Type R (1.665 kg), que entrega 510 cv.

Além de mais leve, a estrutura de alumínio da carroceria do cupê foi feita de forma a reduzir torções de carroceria. Já a suspensão do Jaguar é tão firme que faz o Porsche 911 parecer um sedã de luxo.
Nas poucas imperfeições das estradas da Catalunha, deu para perceber que o esportivo inglês nasceu para ser usado nos fins de semana, não no dia a dia.

Os cupês anteriores da marca tinham um caráter mais luxuoso, como a linha XK. A ideia foi romper com essa tendência e lançar um carro menor e mais violento, à moda dos E-Type do passado.

Deu certo, como a receita do V8 comprova. A versão intermediária 3.0 V6 S (380 cv), guiada por 110 km, consegue ser rápida sem perder a ternura. O "irmão do meio" não será o carro mais veloz de sua faixa de preço, mas as sensações proporcionadas serão suficientes para qualquer apaixonado por carros se dar por satisfeito.

A linha completa (que inclui ainda uma opção de entrada de 340 cv) chega ao Brasil dentro de dois meses. Os preços não foram definidos. Hoje, o conversível custa de R$ 436,3 mil a R$ 608,9 mil.

O jornalista viajou a convite da Jaguar

 

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