Rejeição geralmente é provocada por erro comercial, não mecânico
GUSTAVO HENRIQUE RUFFO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Muitas marcas evitam divulgar expectativas de vendas, mesmo que tenham muita fé no sucesso de algum produto. Contudo, se a aceitação é melhor do que o esperado, o fato acaba alardeado. O contrário, não.
Lançados quase na mesma época (no fim de 2012), os compactos HB20 e Etios não tiveram a mesma sorte.
Enquanto o modelo Hyundai chegou a ter fila de quatro meses de espera, o Etios começou devagar, obrigando a Toyota a criar promoções, investir pesado em publicidade e até mudar o interior do carro para atrair mais clientes.
As vendas reagiram, e o modelo já está a cerca de 10% de seu objetivo inicial.
O QQ vende apenas um terço do que a Chery previa inicialmente, mas ainda é o veículo mais emplacado da marca. O S18, que foi o primeiro chinês flex e seria até fabricado no Brasil, saiu de linha.
Pode-se dizer que a sobretaxa do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e as cotas para importados ajudam a explicar as vendas mais baixas da Chery.
REJEIÇÃO
A história recente mostra outros casos de rejeitados, alguns deles já finados, como o Renault Symbol.
Seu fracasso já era previsto por alguns executivos da operação brasileira, mas eles foram voto vencido.
Tratava-se de um Clio Sedan melhorado e bem equipado, mas que não agradou pelo estilo e pela concorrência interna com o Logan.
Prova disso é que a segunda geração do Symbol, na Turquia, nada mais é do que o novo Logan, que chegou ao mercado brasileiro em novembro de 2013.
O Chevrolet Sonic deveria concorrer de igual para igual com o Ford New Fiesta e o Fiat Punto, mas não conseguiu. Vende menos do que o previsto, não só pela restrição nas cotas de importação do México, onde o hatch e o sedã são fabricados, mas também porque tem preço alto.
Completam a lista dois chineses -o Effa M100 e o Lifan 620-, o utilitário indiano nacionalizado Mahindra e alguns modelos da sul-coreana Ssangyong, como o Actyon e o Korando. Todos sofreram rejeição devido ao estilo ou ao fato de o público não conhecer as marcas.
Mas houve também erros no acerto de suspensão (no caso do Effa), problemas de confiabilidade e de reposição de peças. Redes pequenas e, por vezes, mal aparelhadas acabaram tornando as chances desses modelos ainda menores.
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