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27/04/2014 - 02h01

Ducati Hyperstrada é espécie de 'crossover' com duas rodas

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em tempos de boas vendas para motos de grife, a Ducati aproveita para trazer sua linha Hypermotard, composta por três versões. A intermediária Hyperstrada (R$ 56,9 mil), como o nome sugere, é a opção estradeira da gama. O modelo estreia o novo motor dois cilindros de 821 cc da marca.

Refrigerado a líquido, esse propulsor tem cabeçote de oito válvulas (em vez de quatro) e injeção mais moderna, de maneira a substituir os antigos 796 e 1100 "a ar".

A Hyperstrada é calçada com pneus de 17 polegadas e tem suspensão parruda, dotada de garfos invertidos na dianteira e monobraço traseiro. O conjunto garante firmeza em curvas mais radicais e encara bem obstáculos e pistas maltratadas. Os freios Brembo têm respostas rápidas, e há sistema ABS.

Divulgação
Ducati Hyperstrada
Ducati Hyperstrada é versão intermediária da família Hypermotard

A moto tem lâmpadas de LEDs no farol e na lanterna traseira, mas, apesar de exibir até informações do controle de tração, o painel de cristal líquido não traz marcador de gasolina.
motor de sobra

Fato é que, para uma moto de apenas 181 kg (a seco), sobra motor. Impressiona a maneira rápida como a rotação cresce até os 10.000 rpm. Em especial no modo de condução Sport, que libera os 110 cv de maneira bruta.

É preciso saber dosar o acelerador -eletrônico e leve demais- quando se arranca. Do contrário, a frente empina em 1ª e 2ª marchas.

O motor fica mais suave no modo Urban, e a potência, restrita a 75 cv. Já o elevado torque (9,1 kgfm) é bem aproveitado pelo câmbio de seis marchas.

As malas laterais de 50 litros da Hyperstrada são itens de série e têm boa vedação por zíper. Porém, com pouco uso, a moto avaliada estava com as trancas das bolsas quebradas, com o miolo girando em falso. Ou seja, não deu para retirá-las da moto. Ao menos, a chave é a mesma da ignição.

A Ducati passa bem nos corredores urbanos, não esquenta tanto e gosta de rodovia. Seu guidão é 2 cm mais alto que o das versões Hypermotard standard (R$ 51,9 mil) e SP (R$ 64,9 mil), o que faz o condutor guiar em posição mais ereta.

A transmissão da Hyperstrada é suave, mas o banco poderia ser melhor. Com pouca espuma, obriga o piloto a deslocar-se muito para frente.

O maior limitador da moto, porém, é a faixa de preço, a mesma de nakeds e esportivas de maior prestígio, como a nova Zawasaki Z 1000 (R$ 53 mil) e a Honda CBR 1000 Fireblade (R$ 62 mil). E as novas Hyper não devem ter valores reduzidos, pois, ao menos por hora, não há plano de nacionalização.

Divulgação
Ducati Hyperstrada
Painel de cristal líquido da moto italiana é digital, mas não traz marcador de gasolina
 

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