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04/05/2014 - 05h50

Mercedes E63 AMG torna-se o sedã mais rápido do teste Folha-Mauá

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

O quartel-general da AMG, em Stuttgart, tem identificação discreta. Nem parece que é ali que nascem os cultuados modelos preparados pela divisão esportiva da Mercedes. O portão da garagem desemboca em uma estrada estreita de mão dupla, com vegetação baixa às margens.

Mas após percorrer caminhos tortuosos naquele pedaço da Alemanha, o E63 AMG chega a uma rodovia de muitas faixas e com trechos sem limite de velocidade.

Bastam poucos quilômetros de pista vazia para perceber o que um V8 biturbo de 557 cv pode fazer com um sedã cujas versões "normais" têm público com idade média na faixa dos 50 anos.

Divulgação
Classe E preparado pela AMG acelerou de zero a 100 km/h em 4s
Classe E preparado pela AMG acelerou de zero a 100 km/h em 4s

EMBRUTECIDO

O modo como o carro responde às investidas no acelerador chega a assustar. A primeira reação é segurar com firmeza o volante revestido de couro alcantara, com textura similar à camurça. Com o modo AMG acionado, os amortecedores ficam mais rígidos e o carro embrutece. O silêncio é substituído pelo ronco grosso e eventuais estalos que saem do escapamento.

As reações antecipavam o que iria acontecer quando o carro passasse pela pista da TRW, em Limeira (a 151 km de SP). A aceleração de zero a 100 km/h em 4,0s fez do E63 o sedã mais rápido que já passou pelo teste Folha-Mauá.

Editoria de arte/Folhapress

Na comparação entre segmentos, o Mercedes só perde para o cupê superesportivo Audi R8 GT, que, em 2013, cumpriu a prova em 3,7s.

Esse AMG tem tanta força que, mesmo com tração integral e todos os controles de estabilidade disponíveis, o carro oscila lateralmente quando se pisa fundo. Alguns esportivos parecem encolher quando ganham velocidade e avançam sobre as curvas, mas não esse Mercedes.

O tempo todo percebe-se que se está ao volante de um sedã de desenho careta e quase cinco metros de comprimento, e isso não é bom para quem busca o máximo de performance. Esse público irá preferir o equilibrado CLA 45 AMG (360 cv), ou, se quiser algo do mesmo segmento e desempenho, ficará mais feliz com um BMW M5.

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Pedaleiras de alumínio, bancos de couro e apliques de madeira compõem a cabine do E63
Pedaleiras de alumínio, bancos de couro e apliques de madeira compõem a cabine do E63

ALMA AMERICANA

Apesar de alemão, o E63 tem algo de americano em seu comportamento. Sua vocação é andar pra frente, engolindo asfalto enquanto os bancos (que tem regulagem elétrica até para as abas) seguram o corpo reteso. Dirigir esse Mercedes exige um estado permanente de atenção.

A primeira impressão foi pautada pela força, explorada em uma pista livre nos arredores de Stuttgart. O segundo contato ocorreu em São Paulo, durante o teste Folha-Mauá. Com a morosidade do trânsito, foi possível reparar o esmero de sua construção.

Além do couro das forrações, plásticos de primeira linha convivem em harmonia na cabine. Os botões que permitem selecionar ajustes de tração e suspensão ficam no console central, ao alcance dos dedos.

Quem viaja no assento traseiro pode aproveitar o sistema multimídia com telas individuais instaladas nos encostos dos bancos da frente. Há também um monitor frontal, que desliga automaticamente sempre que o carro entra em movimento.

Não falta espaço para os cinco ocupantes.

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Rodas escuras e as quatro saídas de escape marcam a versão AMG, de mais de R$ 500 mil
Rodas escuras e as quatro saídas de escape marcam a versão AMG, de mais de R$ 500 mil

O desenho da carroceria é bastante sóbrio e contrasta com as rodas pretas de 19 polegadas. Por dentro, há o luxo que se espera de um carro que custa mais de R$ 500 mil.

O acabamento mistura couro com apliques de madeira no painel. Os bancos dianteiros têm sistema de aquecimento, e há cortinas para os vidros traseiros.

Todas as lâmpadas dos faróis foram substituídas por LEDs, sistema mais eficiente que o xenônio.

Após os testes, o E63 foi devolvido à Mercedes com a certeza de que será difícil surgir um outro sedã capaz de superar seus tempos na pista em 2014. O desafio está lançado.

Editoria de arte/Folhapress
Editoria de arte / Folhapress
 

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