Nissan March evolui para enfrentar Hyundai HB20, VW Up! e Chevrolet Onix

Primeiro carro de volume vendido pela Nissan no Brasil, o compacto March estreou no mercado em 2011. Desde então, a trajetória do modelo no país passou por momentos distintos. Antes da implantação das cotas de importação para carros fabricados no México, em 2012, o hatch ajudou a marca a obter participação recorde de quase 4,5% do mercado.

Depois das cotas, a situação mudou: as vendas do modelo despencaram de 33.149 unidades em 2012 para 24.255 durante 2013. A fatia da empresa caiu para 2,5%. A Nissan, é claro, pretende mudar esse cenário. A primeira medida foi a inauguração da fábrica de Resende (RJ), que tem capacidade para produzir 200 mil carros por ano.
Agora, a segunda etapa é o lançamento do renovado Nissan March, que irá conviver com o modelo já vendido no mercado nacional. O modelo mais atual passou por uma evolução para poder brigar com outros veículos de entrada. O Nissan passa a ter mais trunfos para encarar Hyundai HB20, Chevrolet Onix e VW Up!.

	Divulgação
	Todas as versões do Nissan New March têm ar-condicionado e direção com assistência elétrica

MUDANÇA DISCRETA
O New March ganhou o mesmo desenho do Micra (seu equivalente europeu), com mudanças sutis que causam menos impacto visual do que novos concorrentes, como o Up! e o futuro Ford Ka.

Os faróis estão mais espichados, enquanto grade e para-choque foram redesenhados. Há também novas lanternas traseiras.

Em tamanho, o March cresceu 4,7 cm no comprimento e 1,53 cm na altura. Os preços variam dos R$ 32.990 cobrados pela versão 1.0 Conforto até os R$ 42.990 da versão 1.6 SL. A garantia é de três anos.

No segundo semestre, o hatch terá companhia do Versa nas linhas de montagem da fábrica fluminense. O sedã chegará ao país ostentando o visual renovado apresentado durante o Salão de Nova York.
O terceiro produto fabricado em Resende deverá ser um utlitário compacto, que será rival do Ford EcoSport.

INTERIOR MELHORA, MAS DIREÇÃO É LEVE DEMAIS
A Folha avaliou a versão 1.0 SV, e as melhores impressões vêm da cabine. O acabamento simples do modelo antigo deu lugar a um ambiente mais bem resolvido, com destaque para o volante emprestado do sedã médio Sentra. Se não exala luxo, pelo menos não há sinais evidentes de economia de custos, como no rival Toyota Etios.

No trajeto realizado na Rodovia Presidente Dutra, o carro mostrou-se "esperto". Mas, como é esperado em um modelo 1.0, ele exige um trabalho constante com o câmbio para efetuar ultrapassagens e ganhar velocidade.

A suspensão foi recalibrada para garantir o mesmo nível de conforto entre os modelos com rodas de 14, 15 e 16 polegadas, além de se adequar à mudança no sistema de direção elétrica. Essa, aliás, não agradou ao mostrar-se anestesiada, isolando em excesso o motorista. O carro poderia ser mais interativo.

LIGA LEVE
O novo March é bem equipado desde sua versão de entrada, com ar-condicionado, direção elétrica e bancos com ajuste de altura entre os itens de série.
As versões mais caras ganharam rádio com bluetooth, rodas de liga leve (15 polegadas) e vidros, retrovisores e travas com acionamento elétrico. A topo de linha 1.6 SL traz sistema multimídia, GPS, câmera de ré e rodas aro 16.