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29/05/2014 - 06h05

BMW S 1000R exagera na potência e no preço sugerido pela fabricante

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Até pouco tempo atrás, as motos naked (sem carenagem) de alta cilindrada eram consideradas versões mais comportadas das esportivas, seja em ergonomia, potência ou assistência eletrônica.

Esse panorama começa a mudar com a BMW S 1000R. O modelo de 160 cv de potência chega em busca de donos de esportivas cansados de sentir dores devido à posição de pilotagem mais curvada, típica das motos de pista. A produção é limitada, e apenas 290 unidades virão para o Brasil neste ano.

Divulgação
Com produção limitada, apenas 290 unidades da BMW S 1000R virão para o Brasil
Com produção limitada, apenas 290 unidades da BMW S 1000R virão para o Brasil

TECNOLÓGICA
O preço sugerido (R$ 67,9 mil) condiz com seu desempenho e tecnologia. A moto de origem alemã é equipada com suspensão eletrônica, freios ABS e controles de estabilidades e de tração. Todo esse aparato e também o chassi e as suspensões derivam da S 1000 RR HP4, o modelo esportivo topo de linha da marca.

Com quadro de alumínio e peso de 207 quilos, a naked BMW oferece modos de condução ajustáveis. Para rodar sem problemas em um terreno acidentado, basta selecionar as opções "Soft" e "Rain". A aceleração será controlada, enquanto a potência ficará limitada em 137 cv.

Em pistas bem asfaltadas, o ideal é optar pelo modo "Hard", que enrijece a suspensão, e colocar o motor em "Dynamic", que libera a força máxima.

A ergonomia da moto agrada, com mesa e guidão mais recuados, além de pedaleiras que permitem boa acomodação das pernas. As manoplas oferecem aquecimento próprio, mas o banco poderia ser mais macio.

Com amortecedor de direção, a BMW é eficiente em curvas e desvios rápidos. Por usar cabeçote e comandos de válvulas mais "mansos", o motor de quatro cilindros perdeu 34 cv em relação à RR carenada. Para compensar, há bastante torque disponível, o que propicia retomadas ágeis.

A transmissão traz um sistema de trocas rápidas ao subir marchas: basta acionar o pedal, sem tocar no manete de embreagem.

O design assimétrico segue o padrão da marca, desde os faróis até as carenagens. Há diferenças de acordo com o lado, seja para desviar o ar quente do piloto ou garantir a refrigeração do motor. A rabeta tem lanterna com lente pontiaguda e LEDs, assim como os pisca-alertas.

Coberto por uma moldura compacta, o painel é completo e combina com os comandos de pilotagem intuitivos, nos punhos do guidão. Um mostrador luminoso indica o momento correto para trocar as marchas.

Entretanto, o preço sugerido deve ser o maior obstáculo no mercado, considerando o valor cobrado por suas três principais concorrentes. A Triumph Speed Triple (133 cv) sai por R$ 42,9 mil, enquanto a Ducati Streetfighter 848 (132 cv) e a MV Agusta Brutale 1090RR ABS (158 cv) custam, respectivamente, R$ 52,9 mil e R$ 64 mil.

 

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