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03/08/2014 - 02h05

Porsche 911 Turbo bate recorde de aceleração no ranking Folha-Mauá

RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO

Eduardo Anizelli/Folhapress
Porsche 911 Turbo fez de 0 a 100 km/h em 3,1 segundos no teste Folha-Mauá
Porsche 911 Turbo fez de 0 a 100 km/h em 3,1 segundos no teste Folha-Mauá

Ao romper os 100 km/h em 3,1 segundos, o novo Porsche 911 Turbo se tornou o carro mais rápido a passar pelo teste Folha-Mauá.

Associados friamente numa folha de papel, contudo, tais números têm pouca importância se não forem acompanhados da mistura de medo e excitação que é ser arremessado aos 100 km/h em tão pouco tempo.

O procedimento anterior à arrancada remete ao lançamento de um foguete. Antes de tudo, é preciso ativar o controle de largada apertando o botão "Sport Plus".

Com o pé no freio, aperta-se o acelerador. O giro sobe e um sinal alerta: o "launch control" está ativado. Em tese, basta soltar o pé do freio.

Mas é preciso mais. É preciso coragem para continuar com o pé no acelerador.

O arranque é violento e mais rápido do que os reflexos do motorista, que tem dificuldade para realizar funções básicas, como segurar o volante e respirar. O peito aperta, e os olhos parecem querer saltar do globo.

O 911 Turbo rompe os 100 km/h em 3,1 segundos, mas o motorista demora um pouco mais do que isso para recobrar totalmente os sentidos.

Veja vídeo

fotografia: Carlos Cecconello | edição: Diego Arvate

Assista ao vídeo em tablets e celulares

QUASE DISCRETO

Mas o 911 Turbo, que custa R$ 949 mil, não impressiona só na aceleração. A posição de guiar é perfeita, rente ao assoalho. Grande parte da ergonomia é mérito do volante, de pegada e diâmetro impecáveis. O defeito é não ser forrado em camurça, para absorver melhor o suor fruto da adrenalina que não baixa.

A direção é afiada e precisa no ataque mais feroz às curvas. Mas, assim como todo o carro, pode amansar quando o prazer está em desfrutar os luxos da cabine.

Esta é a essência do 911 Turbo: ser um carro luxuoso e confortável num instante e segundos depois se tornar um superesportivo. Mais precisamente, em 3,1 segundos.

TECNOLOGIA X AUTOMOBILISMO

Rara é a fabricante de veículos que não recorreu ao automobilismo como fonte de avanços tecnológicos para seus carros de rua.

Quando lançou o 911 Turbo, em 1974, o Carrera RSR já disputava o Campeonato Mundial de Marcas usando motores turbocomprimidos.

A tração integral só chegou ao 911 Turbo em 1995, mas distribuir a potência entre as quatro rodas já era prática comum nas pistas desde a década passada.

Seu relacionamento com o automobilismo é antigo. Em 1954, cria um 550 Spyder especificamente para corridas, que logo de cara vence em sua categoria na clássica competição Carrera Panamericana.

Em 1962, conquista o GP da França de F-1 com o Type 804. A busca por novas tecnologias levou a fabricante a outras competições, como o rali Paris-Dacar (com um 959), e até mesmo a um retorno
à Fórmula 1, em que foi campeã três vezes, ainda que apenas como fornecedora de motores.

Em 1990, é criada a Porsche Cup, categoria monomarca com carros tecnicamente idênticos aos de rua.

LE MANS

Nada se compara, no entanto, à hegemonia nas 24 Horas de Le Mans. São 16 vitórias na categoria principal e mais de cem nas secundárias.

Boa parte do museu da Porsche, em Stuttgart, é dedicada aos modelos vitoriosos -sobretudo o lendário 917, que dominou a competição no início dos anos 1970 e deu origem às célebres pinturas da Martini Racing e da Gulf Oil.

Outros carros também marcaram a competição, como o 936/77. Primeiro Porsche com motor turbo (2.1 de 540 cv) a vencer Le Mans, tem três vitórias no currículo.

O modelo de 1981, pilotado por Jacky Ickx, venceu a edição daquele ano com 14 voltas à frente do segundo.

De 1982 a 1994, o 956 e seu sucessor, o 962, venceram a prova de longa duração seis vezes. Após uma ausência de 16 anos, a Porsche volta a Le Mans em 2014.

 

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