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07/08/2014 - 02h15

Honda CBR 600 RR recebe retoques e ganha conforto para uso urbano

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Historicamente a prioridade das motos superesportivas nunca foi o conforto, mas sim desempenho extremo.

Esse panorama começou a mudar na última década, graças à introdução de novas tecnologias em injeção eletrônica, freios (ABS) e também em suspensões e controles de potência e tração.

Assim, as carenadas se tornaram mais amigáveis em uso, de modo a atender um maior público.

A CBR 600 RR, superesportiva de entrada da Honda, é um exemplo de moto que não pede um piloto profissional para ser guiada. Lançada em 2003, recebeu mudanças no fim do ano passado.

Guilherme Silveira/Folhapress
Freios ABS encarecem moto em R$ 3.000 e poderiam ser de série
Freios ABS encarecem moto em R$ 3.000 e poderiam ser de série

Ágil, a CBR teve ajustes na alimentação para fornecer mais força em baixas rotações, além de retoque no design.

A Honda tropeça só no preço: parte de R$ 49,5 mil (versão avaliada) e sobe para salgados R$ 52,5 mil com ABS.

A principal oponente, a Kawasaki Ninja ZX-6 636, de 137 cv, sai de série com controle de tração (inexistente na Honda), por R$ 49.990.

Também entram na disputa a Triumph Daytona 675 ABS (128 cv e R$ 41,9 mil) e a Suzuki GSX-R 750 (150 cv e R$ 49,9 mil).

Com chassi e balança traseira de alumínio, a CBR 600 pesa apenas 169 kg. Embora esterce pouco, tem semiguidões estreitos que lhe dão desenvoltura no trânsito.

Encaixe das pernas

O tanque com a base estreita permite correto encaixe das pernas, o que auxilia a CBR na agilidade ao mudar rápido de trajetória.

Em altas velocidades, o reservatório de 18 litros oferece boa área para apoio do tórax, com a "bolha" frontal protegendo bem o piloto do vento.

A tradicional posição de guiar curvado para a frente -que sacrifica pulsos e região lombar- não é das piores. A espuma densa deixa o banco macio para uma esportiva.

O motor de quatro cilindros tem 599 cc e duplo comando para as 16 válvulas.

Nesta versão, a moto recebeu tomada de ar (entre os faróis) com maior área. Rodando mais rápido, o ar entra forçado na caixa do filtro, o que melhora o desempenho.

Com 120 cv a 13.500 rpm, o motor tem comportamentos distintos: até 6.000 rpm é linear e até tranquilo, permitindo rodar em marchas altas sem problema.

A partir de 7.000 rpm a moto acelera rápido, quando entra em ação a segunda bancada de bicos injetores -são dois bicos para cada cilindro.

Em pista fechada, a CBR pode beirar 280 km/h de velocidade máxima. Aliás, rodando rápido, agrada o amortecedor de direção eletrônico, que ajuda a manter a dianteira firme e obediente.

Com a moto parada, o aparato não atua, o que torna o guidão leve de manusear. A partir de 80 km/h age com rigidez máxima.

Os freios a disco têm pronta resposta. Resultado é que, ao rodar na chuva, fica claro que o ABS poderia ser aparato de série, em vez de adicionar R$ 3.000 ao valor.

A embreagem a cabo é macia, e os engates do câmbio, próximos e precisos.

Mesmo com a suspensão em ajuste intermediário de carga, a CBR 600 RR encara pisos ruins sem incomodar muito o condutor.

Com 12 cm de curso na dianteira e 12,9 cm atrás, os amortecedores são progressivos. A Honda mostra facilidade de curvar e de se manter estável nos contornos rápidos.

 

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