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31/08/2014 - 02h15

Hatches, minivans e sedãs disputam nicho de modelos vendidos a R$ 50 mil

DE SÃO PAULO

Os carros mais baratos à venda no Brasil têm motor 1.0 e preço pouco inferior a R$ 30 mil. Se bem equipados, seus valores beiram os R$ 40 mil. São compactos em sua maioria, sem muitos luxos.

Avener Prado/Folhapress
Chevrolet Spin rodeada por Honda Fit, HB20S, EC7 e 208; versões têm preços próximos
Chevrolet Spin rodeada por Honda Fit, HB20S, EC7 e 208; versões têm preços próximos

Quando a faixa de preço sobe mais R$ 10 mil, um universo de opções se abre. Antes limitado a opções de desempenho tímido e a poucas variações de carroceria, o consumidor passa a enxergar sedãs médios, minivans e hatches sofisticados no horizonte.

É como um novo segmento, que pode ser identificado como intermediário. Há até um preço "cabalístico": R$ 49,9 mil. É a forma escolhida por algumas marcas para não assustar os compradores que não desejam gastar mais de R$ 50 mil.

Se a expectativa limita-se a ter todos os principais itens de conforto casados a um desempenho honesto, esse é o preço a pagar. Resta escolher qual será o formato do automóvel, e sobram opções. Todos os tipos de carroceria estão contemplados nessa fatia do mercado.

Para tentar ajudar na escolha, o teste Folha-Mauá reúne cinco opções diferentes nessa faixa de preço. Há desde compactos moderninhos, como versões bem equipadas do Peugeot 208, até sedãs que impressionam pelo porte, caso do chinês Geely EC7.

A abundância de opções mostra o quanto a concorrência fez bem ao mercado nacional, que até o início da década de 1990 era limitado a quatro grandes marcas e complementado por carros de nicho.

Editoria de Arte/Folhapress

COMPLETO DE FÁBRICA

A exigência por equipamentos também cresceu. No fim dos anos 1980, um Ford Del Rey L não trazia direção hidráulica, ar-condicionado ou vidros elétricos. O mesmo ocorria com as versões mais simples do Chevrolet Monza.

Para o consumidor de hoje, é impensável girar a manivela para fechar a janela de um Toyota Corolla ou passar calor a bordo de um Citroën C4 Lounge. O que antes era luxo, agora é item básico.
Os carros avaliados seguem essa lógica. Não se pode esperar menos de um modelo que custa R$ 50 mil.

PELO PREÇO, FIT DX DEVERIA SER MAIS EQUIPADO

Lançado em maio, o novo Honda Fit é o típico representante dos carros intermediários. Sua versão de entrada (DX) custa R$ 49,9 mil e não decepciona aos que estão subindo de segmento. Mas a fabricante japonesa poderia ser mais generosa.

Por exemplo, o som é vendido à parte e há calotas plásticas sobre as rodas de ferro. Para um conjunto de liga leve aro 15 é preciso pular para a versão LX (R$ 54,2 mil).

As compensações aparecem na qualidade construtiva acima da média. As portas se fecham com facilidade, sem fazer estardalhaço ao encontrar o batente.

Dentro da cabine, o que se vê são peças bem encaixadas e agradáveis ao toque, com luzes alaranjadas no quadro de instrumentos.

HOMENS E MULHERES

A direção com assistência elétrica e o pedal de embreagem macio ajudam a explicar o sucesso do Fit entre as mulheres. Já a campanha de lançamento, em que um barbudo sonha com o carro, mostra o empenho da Honda em fazer seu compacto conquistar mais homens.

Na pista, os números de aceleração e consumo foram convincentes. Esse hatch com ares de minivan só ficou atrás do HB20S em desempenho e, com gasolina, foi o mais econômico em trechos rodoviários.

Mas nem tudo é silêncio na estrada. A paz é perturbada por um ruído de vento um tanto elevado. Um pouco mais de isolamento acústico seria bem-vindo, ainda mais em sua faixa de preço.

Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress

DESEJOS

Além do Fit e dos demais carros destacados no teste, há muitas outras opções com preço próximo a R$ 50 mil.

O que as difere, basicamente, é o nível de itens de série e o posicionamento do produto.

O Fit, por exemplo, está em um patamar acima do hatch Onix. Porém, pagando R$ 48,4 mil, é possível comprar o compacto Chevrolet equipado com câmbio automático e outros itens ausentes na versão DX do Honda.

Ou seja: a versão mais simples de um produto de segmento superior esbarra no preço de concorrentes completos do andar imediatamente abaixo. O valor de R$ 50 mil é um desses pontos de contato.

GEELY EC7 - R$ 49,9 mil

Na reunião dos carros para a foto principal, deu para perceber o poder de atração do Geely EC7. Foi o modelo que mais chamou a atenção com seu porte de sedã médio -é 1 cm maior que o Toyota Corolla.

Espaçoso, oferece tratamento VIP aos ocupantes do banco traseiro, mas o mesmo não ocorre com o motorista. Por mais que se tente, a posição de dirigir ideal não é atingida. Talvez uma simples regulagem de profundidade do volante resolvesse o problema.

HYUNDAI HB20S COMFORT PLUS - R$ 50,1 mil

O sedã HB20S testado foi o único a conseguir acelerar do zero aos 100 km/h em menos de 10 segundos. Isso representa agilidade no uso diário, aliada à comodidade do câmbio automático.

Mas há um conflito de interesses: o porta-malas serve bem a uma família em viagem de férias, mas o espaço para quem vai atrás é acanhado.

A versão Comfort Plus traz os principais itens de conforto, mas é o único desse teste sem retrovisores com ajuste elétrico.

CHEVROLET SPIN LT - R$ 50.594

Se um porta-malas com capacidade para 710 litros de bagagem não for motivo suficiente para impressionar uma família, a minivan Spin oferece outros atributos, como um sistema de som competente de série e forrações com toque aveludado.

Porém, sua racionalidade em corpo e alma -ou motor- espanta quem deseja um carro com mais status. E, com R$ 50 mil, dá para comprar um modelo mais atraente.

PEUGEOT 208 ACTIVE PACK

O 208 Active Pack automático tem preço pouco acima dos R$ 50 mil, mas, além do câmbio, a tela sensível ao toque com GPS incorporado e a excelente posição de dirigir justificam o investimento extra.

Pena que as quatro marchas aproveitem pouco o motor de 122 cv. O hatch ficou para trás nas provas de desempenho, perdendo até para a minivan Spin.

O porta-malas é pequeno, mas o espaço no banco traseiro é bom, com cinto de três pontos para todos os ocupantes.

Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress
 

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