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21/09/2014 - 02h05

Yamaha XT 660R acompanha Honda CB 500X em uma viagem de fim de semana

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em abril, a Honda lançou a CB 500X. Vendida por iniciais R$ 23,5 mil, essa moto tem a ambição de ser a mais emplacada entre as "big trails" e consegue enfrentar pisos precários. No entanto, não carrega a valentia da Yamaha XT 660R (R$ 27,7 mil), que já está há nove anos no mercado.

Guilherme Silveira/Folhapress
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Yamaha XT 660R (à esquerda) e Honda CB 500X posam no trevo de acesso à cidade mineira de Luminárias

Similares, mas nem tanto, essas motocicletas encararam 801 quilômetros entre cidades dos estados de São Paulo e Minas Gerais, passando por trilhas leves e até calçamento de pedra.

O primeiro destino foi Luminárias, cidade mineira a 378 km de São Paulo e com acesso por estrada de terra. Com o auxílio de Tiago Mena Barreto, fisioterapeuta que é fã de motos "trail", partimos em uma manhã fria de sábado rumo à rodovia Fernão Dias (BR-381).

Na serra entre São Paulo e Atibaia, a Honda mostrou a que vinha: com posição de pilotagem mais esportiva, foi mais segura e ágil nas curvas sinuosas.

Chegamos à Extrema (MG) após percorrer pouco mais de 100 km. No primeiro abastecimento da viagem, empate técnico: ambas registraram a média de 20,1 km/l.

SÓ UM CILINDRO

Nesse primeiro trecho, a XT destacou-se pela entrega bruta de força e por oferecer posição alta e ereta de pilotagem, com guidão mais largo e banco firme. Porém, em rotações mais altas, o motor monocilíndrico (48 cv) vibra bastante. É uma moto prazerosa, mas não tão veloz como a Honda.

A máquina de dois cilindros paralelos da CB (50,4 cv) é silenciosa, com maior ânimo a partir das 5.000 rpm.

Até chegar a Três Corações (MG), que dá acesso a Luminárias, foram 307 km e quatro pedágios (R$ 0,75 cada).

Para poder rodar com boa margem de segurança, foi feito o segundo abastecimento no centro da cidade. As médias de consumo foram de 22,7 km/l para a CB e 19,9 km/l para a XT.

Na estrada de terra que leva a Luminárias, a Yamaha mostrou-se à vontade. A suspensão absorveu bem as imperfeições, com precisão de trajetória e aderência dos pneus (mistos) superiores às da Honda, que tem vocação urbana e sofreu com as pedras soltas.

A maior surpresa na Honda foi a precisão do ABS na terra. É possível frear forte antes de o sistema entrar em ação. Trata-se de um opcional que custa R$ 1.500 e não está disponível na XT.

ASFALTO BOM

Após um belo almoço mineiro, era hora de alongar o corpo e voltar pela estrada rumo a São Thomé das Letras. Já acostumados a pilotar as motos na terra, em meia hora estávamos novamente no trevo da rodovia asfaltada.

Foram mais 34 km repletos de curvas bem asfaltadas, entre belas paisagens e plantações de café.

A 1.440 metros de altitude, a cidade encravada em uma montanha de pedra podia ser vista de longe. As motos encararam com valentia o aclive acentuado e, em alguns minutos, rodávamos pelas ruas feitas de pedras (quartzito) desniveladas entre si.

A Yamaha engoliu o piso difícil de São Thomé sem reclamar, enquanto a Honda pedia certa calma.

Guilherme Silveira/Folhapress
Honda tem posição de pilotagem mais esportiva; Yamaha é alta e tem bom comportamento na terra
Honda (à esq.) tem posição de pilotagem mais esportiva; Yamaha é alta e tem bom comportamento na terra

RETORNO

No dia seguinte, chegou a hora de voltar para São Paulo. Nos 381 km restantes, a Honda entregou mais conforto que o esperado. Seu banco largo tem espuma densa, e o painel é completo.

A XT 660 continua robusta e bem acabada, mas o visor digital não tem conta-giros. Falta ainda um simples marcador para os 15 litros de gasolina. Há apenas uma lâmpada que indica reserva.

O retorno incluiu mais trechos de terra e subidas. As últimas médias de consumo foram de 18,6 km/l para a CB e 13,6 km/l para a XT. Ou seja, em todas condições a CB foi mais econômica.

O veredicto de Tiago exprime bem as duas propostas: "Achei a CB 500X bonita e ágil, além de disposta em curvas. Embora eu prefira o tipo de tocada da XT, ela é cara pelo que oferece. Optaria pela Honda por ser mais atual e por usar a moto essencialmente no asfalto", afirmou.

Editoria de Arte/Folhapress
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