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16/10/2014 - 06h01

Civic Si volta mais equipado, mais potente e menos apaixonante

RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO

Divulgação
Produzido no Canadá, Honda Civic Si 2015 tem 206 cv de potência
Produzido no Canadá, Honda Civic Si 2015 tem 206 cv de potência

Mitos nem sempre são eternos. O novo Honda Civic Si, por exemplo, fez quase tudo o que podia para voltar melhor do que o antecessor, que foi montado no Brasil e teve 3.500 unidades emplacadas entre 2007 e 2010.

Um dos esforços da fabricante foi deixar a nova geração com visual mais adequado. O convencional sedã foi substituído por um cupê com linhas atraentes e dimensões proporcionais, agora importado do Canadá.

A ousadia visual é exacerbada por cores até então inexistentes, como o extravagante tom laranja.

Quase espartano, o antigo Civic Si tinha uma lista de equipamentos básica, bem minguada perante a atual. Na nona geração, há seis airbags, som com subwoofer e sistema multimídia que incorpora câmera de ré e conexão bluetooth.

CADÊ O GPS?

O equipamento de navegação por GPS tornou-se obrigatório em automóveis que custam mais de R$ 100 mil. No Civic Si 2015 (R$ 119,9 mil) esse item é uma grave ausência.

Os bancos, parcialmente forrados em camurça no antigo modelo, sequer são de couro agora.

No painel, um indicador batizado de "Power Monitor" mostra o quanto da potência é usada instantaneamente.

Abaixo desse indicador, luzes monitoram o funcionamento do i-VTEC, o consagrado sistema de abertura de válvulas da Honda. Das seis luzes que se acendem, as duas últimas indicam que o recurso começou a funcionar.

No antigo motor 2.0, o pico dos 192 cv de potência chegava às 7.800 rpm (rotações por minuto). Perto das 7.000, já crente de que não havia mais fôlego, o condutor sentia um "tranco" para frente, num suspiro final e vigoroso da máquina.

No atual 2.4, que entrega 206 cv, a tal "magia"não acontece. O torque passou a chegar antes, aos 4.400 rpm (e não mais aos 6.100 rpm).

A Honda argumenta que o novo Civic Si está mais usável no dia a dia. De fato, parece estar. Mas a graça do antigo era justamente essa: ser um esportivo mais visceral.

INTERIOR

Pelo preço, o acabamento deveria ser melhor. Os painéis laterais ao lado dos bancos traseiros são simplórios, e o volante merecia ser achatado na base, mais condizente com a proposta.

Em breve, o novo Si será levado para a pista de testes. Esperam-se bons números, pois há características de um autêntico esportivo -câmbio com engates curtos e precisos, direção rápida e aceleração forte. Porém, as sensações ao volante mostram que um pouco do encanto do modelo original foi perdido.

 

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