Civic Si volta mais equipado, mais potente e menos apaixonante
RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO
Divulgação | ||
Produzido no Canadá, Honda Civic Si 2015 tem 206 cv de potência |
Mitos nem sempre são eternos. O novo Honda Civic Si, por exemplo, fez quase tudo o que podia para voltar melhor do que o antecessor, que foi montado no Brasil e teve 3.500 unidades emplacadas entre 2007 e 2010.
Um dos esforços da fabricante foi deixar a nova geração com visual mais adequado. O convencional sedã foi substituído por um cupê com linhas atraentes e dimensões proporcionais, agora importado do Canadá.
A ousadia visual é exacerbada por cores até então inexistentes, como o extravagante tom laranja.
Quase espartano, o antigo Civic Si tinha uma lista de equipamentos básica, bem minguada perante a atual. Na nona geração, há seis airbags, som com subwoofer e sistema multimídia que incorpora câmera de ré e conexão bluetooth.
CADÊ O GPS?
O equipamento de navegação por GPS tornou-se obrigatório em automóveis que custam mais de R$ 100 mil. No Civic Si 2015 (R$ 119,9 mil) esse item é uma grave ausência.
Os bancos, parcialmente forrados em camurça no antigo modelo, sequer são de couro agora.
No painel, um indicador batizado de "Power Monitor" mostra o quanto da potência é usada instantaneamente.
Abaixo desse indicador, luzes monitoram o funcionamento do i-VTEC, o consagrado sistema de abertura de válvulas da Honda. Das seis luzes que se acendem, as duas últimas indicam que o recurso começou a funcionar.
No antigo motor 2.0, o pico dos 192 cv de potência chegava às 7.800 rpm (rotações por minuto). Perto das 7.000, já crente de que não havia mais fôlego, o condutor sentia um "tranco" para frente, num suspiro final e vigoroso da máquina.
No atual 2.4, que entrega 206 cv, a tal "magia"não acontece. O torque passou a chegar antes, aos 4.400 rpm (e não mais aos 6.100 rpm).
A Honda argumenta que o novo Civic Si está mais usável no dia a dia. De fato, parece estar. Mas a graça do antigo era justamente essa: ser um esportivo mais visceral.
INTERIOR
Pelo preço, o acabamento deveria ser melhor. Os painéis laterais ao lado dos bancos traseiros são simplórios, e o volante merecia ser achatado na base, mais condizente com a proposta.
Em breve, o novo Si será levado para a pista de testes. Esperam-se bons números, pois há características de um autêntico esportivo -câmbio com engates curtos e precisos, direção rápida e aceleração forte. Porém, as sensações ao volante mostram que um pouco do encanto do modelo original foi perdido.
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