VW Saveiro e Fiat Strada cabine dupla têm mais limitações do que soluções
RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO
Dúvida é um sentimento natural quando os consumidores têm de escolher entre tantas variedades. Comprar um "jipinho" ou um hatch médio? Um utilitário esportivo atenderá às necessidades de quem pensa num sedã?
Algumas marcas misturam conceitos, e geralmente obtêm sucesso. Um exemplo é a BMW com o X4 e o X6, que são funcionais como um SUV, mas têm ares de cupê.
Porém, nem sempre o resultado será ideal. Ao espremer tanto os passageiros traseiros quanto a carga na caçamba, Fiat e VW criaram um nicho que atende a um consumidor que, ao querer de uma só vez uma picape e um carro de passeio, não tem plenamente nenhum dos dois.
Saveiro e Strada servem bem a seus proprietários em situações muito particulares -como levar seus filhos pequenos e suas bicicletas ao parque-, mas, ao longo do tempo, vão apresentar mais limitações do que soluções.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Aquela moto que ia na caçamba de ambas agora deverá ser levada em um reboque -ou com a porta da caçamba arriada, o que é proibido.
No caso da Strada, que estreou o segmento, ainda há o inconveniente de o estepe roubar parte do já escasso espaço na caçamba. Na Saveiro, ele vai sob o assoalho.
TRÊS PORTAS OU ESPAÇO?
Acomodar objetos na parte externa dessas picapes não é tarefa fácil.
Assim como não é simples entrar e sair da Saveiro. O mecanismo para acessar o banco traseiro é o mesmo de um carro duas portas: o encosto dos bancos frontais se curva, mas não é acompanhado automaticamente pelo escorregamento do assento.
Vantagem para a Strada, que tem uma terceira porta.
Divulgação | ||
Detalhe da abertura da porta traseira na Fiat Strada |
No banco traseiro, as duas se equivalem, com leve vantagem para a Volkswagen. A Saveiro oferece milímetros a mais de espaço lateral.
Divulgação | ||
Espaço no banco de trás é limitado, mas janelas podem ser abertas |
Mas a boa acomodação lá atrás também depende da consideração de quem vai nos bancos dianteiros, que deve se aproximar do painel para criar mais espaço na segunda fila.
Mais eficiente na acomodação dos passageiros de trás e sem estepe na caçamba, a Saveiro também agrada ao volante -esse, inclusive, tem ajuste de profundidade, cortesia ausente na rival.
Embora o banco da Strada acomode melhor o motorista, sua configuração parece projetar o condutor para frente, criando uma sensação de vulnerabilidade.
Mais rente ao chão, a posição da Saveiro cansa menos.
No uso diário, essa característica será mais valorizada do que o desempenho levemente superior da Strada.
PREÇO DE MÉDIA
Na casa dos R$ 60 mil, as compactas ainda esbarram no preço das médias. Por exemplo, uma Chevrolet S10 flex cabine simples parte de R$ 69,8 mil.
A proposta de Strada e Saveiro talvez encontre mais sentido nas futuras apostas de Fiat e Renault. Serão picapes maiores que as avaliadas aqui, porém menores que Ranger e S10. As novidades chegam no fim de 2015, com bom espaço atrás e caçamba maior que um porta-malas.
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