Elétricos estão em destaque, apesar da falta de incentivos
DE SÃO PAULO
O fio conectado em uma tomada na grade dianteira é o sinal mais evidente de que o Audi A3 vermelho exposto no Salão de São Paulo tem algo a mais. Trata-se da versão E-tron, que, além de ser híbrida, pode ter suas baterias recarregadas por meio da rede elétrica.
O hatch de luxo alemão será vendido no Brasil a partir do final de 2015, disse o presidente da marca no Brasil, Jörg Hoffman. Ele faz parte de um movimento tímido, mas que parece bem maior diante do número de veículos "verdes" expostos no salão.
A maioria dos estandes traz algum produto cujo principal qualidade é não emitir poluentes ou, ao menos, gerar pouquíssima fumaça. No caso do E-tron, o sistema que usa um motor elétrico somado a um a combustão (204 cv no total) pode chegar ao consumo médio 66,7 km/l, segundo a Audi.
A tecnologia é a mesma empregada no Golf GTE, que divide plataforma com o A3. O hatch Volkswagen também está presente no salão.
HIDROGÊNIO
Outro estrela dos tempos futuros à mostra no salão é o Toyota FCV, primeiro carro do mundo movido a hidrogênio produzido em escala comercial. Seu lançamento está previsto para o início de 2015 nos Estados Unidos e no Japão.
Na Fiat, o destaque é o 500e, compacto elétrico vendido nos EUA. Sua potência equivale a 111 cv, suficientes para levá-lo aos 100 km/h em cerca de 10 s -semelhante aos carros compactos nacionais com motor 1.6 flex.
A autonomia fica entre 140 km e 160 km em percursos combinados de cidade e estrada. Seria perfeito para deslocamentos urbanos, mas seu preço seria proibitivo para sua categoria no Brasil: cerca de R$ 150 mil, de acordo com a Fiat.
A montadora aguarda que o segmento de carros elétricos recebam incentivos ou ao menos reduções de tarifas no Brasil, a exemplo do que ocorre com os híbridos.
No último mês, a Camex (Câmara de Comércio Exterior) definiu a redução do Imposto de Importação para veículos híbridos dos atuais 35% para alíquotas que variam de zero a 7%, a depender da eficiência energética do automóvel.
Contudo, a norma não abrange sequer os híbridos "plug-in", como o A3 E-tron, nem os 100% elétricos. Hoje, os únicos carros beneficia-
dos são o Toyota Prius (R$ 120.830) e o Lexus CT 200h (R$ 134 mil).
Sem mudanças, iniciativas como a da BMW continuarão sendo raras. A empresa alemã é a primeira montadora de grande porte a trazer um carro elétrico para o Brasil, o compacto i3 (R$ 225.950).
PORSCHE
Em um patamar de preço ainda mais elevado estarão os carros "verdes" da Porsche. Um deles é o sedã Panamera E-Hybrid, que traz um motor 3.0 V6 com compressor mecânico acoplado ao motor elétrico de 95 cv.
A potência combinada chega a 416 cv, mas é possível percorrer cerca de 40 quilômetros sem queimar gasolina. Nessa condição, a velocidade máxima atingida chega a 135 km/h, de acordo com a fabricante.
O Panamera está presente no Salão de São Paulo, mas a empresa ainda não confirmou se irá comercializá-lo. Hoje, a versão mais em conta do modelo custa a partir de R$ 489 mil no país.
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