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09/11/2014 - 02h01

VW Golf, Peugeot 308 e Hyundai i30 se encontram no teste Folha-Mauá

RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO

Houve um tempo em que o Peugeot 307 era o único da categoria a ter airbag duplo e freios ABS de série. Imbatível em estilo e espaço interno, só não foi líder em vendas no segmento por ser mais caro que os rivais.

Não existia alternativa mais atraente se status e sofisticação fossem as prioridades.

Mas o hatch médio da marca francesa viu velhos concorrentes se aposentarem e novos chegarem desde 2002 sem avançar naquilo que o consagrou.

A chegada do 308 (que na verdade é apenas uma boa atualização do 307) colocou o hatch de volta no radar não tanto por seus avanços -o desenho sendo o mais relevante-, mas porque os rivais também estavam empacados em gerações defasadas.

Contudo, o segmento se transformou, e hoje oferece carros mais evoluídos.

Editoria de Arte/Folhapress

Golf, Focus e i30 subiram um degrau em quesitos como dirigibilidade, desempenho e equipamentos. Viraram referência na categoria.

Assim como a nova geração do 308, que adotou plataforma mais moderna e interior focado na experiência ao volante do condutor, entre outros avanços.

No entanto, será preciso esperar até 2015 para vê-lo rodando no Brasil.

GOLF

Não é para qualquer modelo construir 40 anos de reputação. Desde o bater das portas até o cheiro da cabine credenciam o Golf como um carro premium, além dos contornos que definem a categoria de hatches médios.

Até preço de automóvel de luxo, inclusive, esse VW tem.

Não é preciso recheá-lo muito na versão Highline para ultrapassar facilmente a barreira dos R$ 100 mil.

Incluindo o câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas (DSG), seu preço sugerido saltaria para R$ 82.910.

No entanto, o investimento superior apresenta seu retorno também (e principalmente) na dirigibilidade.

A direção com assistência elétrica faz do volante um meio de comunicação aguçado entre carro e motorista. Outro ponto forte é a estabilidade, e não apenas por quanto o carro é "preso" ao chão, mas pelo grau de segurança transmitido.

A primeira investida mais forte no acelerador leva à errônea conclusão de que se trata de um motor maior, tamanho o torque entregue já nas rotações iniciais.

Seja qual for a transmissão, trocar as machas é prazeroso: o câmbio manual tem engates curtos e precisos, enquanto a transmissão automatizada impressiona pela rapidez -embora seja um tanto brusca ao engatar a primeira marcha quando o sistema start-stop religa o motor após uma pausa.

BOA EXPERIÊNCIA

O i30 chega perto, mas não alcança o Golf em prazer ao volante. Mas a boa experiência é garantida pelo desempenho digno de um hatch médio e pelo "bate-papo" entrosado entre câmbio e motor.

A direção tem três opções de ajustes, indo do mais leve ao mais pesado. Melhor deixar no intermediário (Normal), aquele que entrega as respostas mais reais sobre o que acontece com as rodas.

Assim como no Golf, o acabamento interno do Hyundai é caprichado e desconhece rebarbas ou falhas. Menos sóbrio que o do VW, aposta em vincos na medida certa.

Merece destaque no i30 o excelente porta-objetos à frente da alavanca de câmbio, a definição da imagem da câmera de ré e o potente sistema de som.

Dificilmente alguém reclamaria da experiência ao volante do 308. O hatch de origem francesa é espaçoso, tem bancos confortáveis, anda bem e encanta pela visibilidade. Mas guiá-lo já não é tão bom quanto foi um dia.
A suspensão segura bem o carro, mas repassa para o interior as cicatrizes do piso.

Pesada, a direção tem volante grande demais para os padrões atuais, enquanto a posição de guiar poderia ser mais esportiva.

Até que o novo chegue, o atual terá de abusar dos seus encantos físicos, que ainda lhe sobram, para continuar no radar dos hatches médios.

 

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