Motocicletas esportivas voltam a brilhar no Salão de Milão
ARTHUR CALDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MILÃO
Divulgação | ||
Yamaha YZF R1 surgiu renovada no Salão de Milão |
Mais potentes, rápidas e avançadas tecnologicamente, as motos superesportivas voltaram a ser o centro das atenções na 72ª edição do Salão Internacional de Motos (EICMA), que terminou neste domingo (9) em Milão, Itália.
As principais fabricantes japonesas e algumas marcas europeias mostraram novos modelos deste segmento, que tem registrado queda nas vendas em todo o mundo.
Na Itália, por exemplo, das 52 mil motocicletas vendidas em 2013, menos de 10% (4.459) eram esportivas, segundo dados da ANCMA (Associazione Nazionale Ciclo Motociclo Accessori), associação que reúne as empresas do setor. A tendência repete-se no Brasil, onde as esportivas representaram pouco mais de 13% das 50.982 motos acima de 450 cc vendidas no ano passado.
Embora não sejam campeãs de vendas, as superesportivas voltaram a ser o que foram no passado: vitrine para novidades tecnológicas ou modelos pelos quais as fábricas mostram ao mundo do que são capazes.
Lideradas pela Kawasaki, que inovou ao equipar a Ninja H2R com motor de quatro cilindros (998 cm³) e compressor para gerar 300 cv de potência, as outras japonesas também foram além no salão italiano. A Yamaha renovou de forma radical a YZF-R1, sua esportiva de 1.000 cc que estava há seis anos sem grandes mudanças.
"Novamente, a R1 vem para revolucionar os parâmetros do segmento", disse o presidente-executivo da Yamaha, Hiroyuki Yanagi.
O modelo ficou sete quilos mais leve com o uso de materiais nobres antes exclusivos de motos de competição, como magnésio nas rodas e alumínio no tanque de combustível. O motor ganhou mais potência, chegando a 200 cv, além de controles eletrônicos de última geração.
DAS PISTAS PARA AS RUAS
A Honda surpreendeu ao mostrar uma versão homologada para as ruas de sua moto de corrida, a RC 213V. Ela utiliza um motor V4 de 1.000 cc. O modelo recebeu conjunto óptico, luzes de direção, espelhos retrovisores e escapamento com catalisador.
São indícios de que, embora tenha sido apresentada como protótipo, a RC 213V-S está perto de ganhar as ruas. Caso isso aconteça, estima-se que o preço pode superar o equivalente a R$ 300 mil.
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