Fiat 500 Abarth quer fazer frente ao Volkswagen Golf GTI

Parece o conhecido Fiat 500, mas, ao volante, é outro carro. Basta escutar o ronco impaciente do escape duplo para perceber que tudo está diferente.

Nas laterais, os emblemas com o escorpião da Abarth mostram que as mudanças começam com um motor muito mais forte, 1.4 turbo. São 167 cv de potência com torque generoso.

Essa divisão da Fiat transforma carros de série em esportivos desde 1965, quando a fabricante incorporou a preparadora do austríaco Karl Abarth. Filho de pai italiano, ele tornou-se Carlo quando se mudou para a Itália, em 1945. É o seu signo, escorpião, que deu origem ao logotipo.

A Fiat diz que o compacto vai de zero a 100 km/h em 6,9s. Se esse número se confirmar no teste Folha-Mauá, esse 500 andará lado a lado com o VW Golf GTI (220 cv).

Assim como a parte mecânica, o visual do Abarth também é exclusivo. Os para-choques são mais encorpados e há faixas laterais que identificam a versão.

Os bancos estilo concha combinam com o painel revestido de couro; tudo com costuras em vermelho, tradição italiana para esportivos.

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A eletrônica é bem mais complexa do que a das outras versões do 500. Além de trazer sete airbags de série, o ESC ("Eletronic Stability Control", controle eletrônico de estabilidade) tem três níveis de atuação, para ser usado de acordo com a experiência do motorista.

Para os mais "pilotos", o sistema pode ser desligado e combinado ao modo "Sport" de desempenho. Nessa condição, a pressão máxima do turbo passa de 0,8 bar para 1,24 bar. O painel digital também fica diferente, dando destaque para o conta-giros e mostrando inclusive a posição do acelerador.

Mesmo desabilitado, o ESC não abandona por completo o motorista Em uma situação limite, como uma derrapagem muito forte, o controle de estabilidade volta automaticamente para ajudar a recolocar o 500 na trajetória.

Para concorrer com VW Golf GTI (R$ 101.470), Citroën DS3 (R$ 79,9 mil) e Suzuki Swift Sport (R$ 74.990), o primeiro lote de 30 unidades do 500 Abarth chega em meados de dezembro, com preço sugerido de R$ 79,3 mil.

A previsão de vendas da Fiat é de 300 unidades por ano. Sua importação só foi possível devido à transferência da linha de montagem da Polônia para o México, que tem acordo de comércio com o Brasil.
Como opcionais existem apenas o teto solar elétrico e o sistema de som Beats, em lugar do Alpine de série.