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07/12/2014 - 02h05

Blindagem chega aos carros "populares"

RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO

Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública de São Paulo divulgados no fim de novembro revelam uma queda no roubo de veículos: de 11,1% no Estado e de 12,5% na capital.

No entanto, o número de carros blindados continua a crescer.

Na contagem do Exército Brasileiro -órgão que regulamenta o setor-, somente em São Paulo, até o início de novembro, surgiram 11.513 novos automóveis com proteção balística.

O montante acumulado no período é superior ao volume total de blindagens feitas nos demais estados do país em 2013, quando foram registrados 10.156 carros blindados, segundo dados da Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem).

A entidade afirma ainda não ter compilado as informações deste ano.

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
O engenheiro Eugênio Basile, 60, blindou o HB20 da filha: "Por ser mais comum, não atrai tantos olhares"
O engenheiro Eugênio Basile, 60, blindou o HB20 da filha: "Por ser mais comum, não atrai tantos olhares"

MAIS ACESSÍVEL
Antonio Donato, diretor da Steel Blindagens, explica uma das consequências do contingente cada vez maior de veículos à prova de bala.

"A demanda crescente por carros blindados levou a um número maior de fabricantes, o que tem como um dos efeitos a redução no preço da blindagem", diz.

Segundo o executivo, é possível encontrar blindagens mais leves por R$ 19 mil -embora a maioria dos clientes opte pela III-A (cerca de R$ 50 mil), capaz de suportar disparos de Magnum .44, uma das pistolas mais poderosas existentes no Brasil.

Outro efeito é a blindagem de carros mais baratos e menores, como fez o engenheiro civil Eugênio Basile, 60, com o Hyundai HB20 da filha.

"Carro blindado dá mais status sim, mas pessoalmente isso não me agrada. Prefiro que não percebam, por isso a escolha de um carro mais popular. Não atrai tantos olhares por ser mais comum", justifica.

Porém, menos caro não quer dizer barato. Um HB20 manual blindado (nível III-A) custa cerca de R$ 90 mil, que é equivalente ao valor cobrado por um sedã médio topo de linha, como o Toyota Corolla Altis (R$ 94.390).
Em alguns bancos, o custo da blindagem pode ser incluído no financiamento do bem.

Segundo pesquisa realizada pela W.Truffi Blindados e a SER Glass, 73% dos 400 entrevistados, moradores da capital paulista e Grande São Paulo, consideram a possibilidade de comprar um carro blindado. E modelos menos luxuosos, outrora distantes da blindagem, parecem se tornar uma tendência.

"Cada vez mais recebemos pedidos de blindagem desse tipo de automóvel", ressalta Claudio Lima, da W.Truffi, referindo-se a Hyundai HB20, VW Fox e Ford Fiesta.

Contudo, é preciso escolher as versões mais potentes dos modelos considerados "populares", pois a proteção eleva o peso do carro em cerca de 150 quilos (nível III-A).

"Não é aconselhável, mas é possível blindar veículos 1.0. Também não recomendamos a instalação em conversíveis", explica Donato.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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