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28/12/2014 - 03h00

Subaru Forester supera VW Tiguan no duelo de crossovers

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

Há uma categoria entre os utilitários em que a dirigibilidade é colocada acima das aptidões off-road ou da preocupação excessiva com o conforto.

É um pequeno nicho, onde estão o Subaru Forester e o Volkswagen Tiguan.

Equipados com motor 2.0 turbo e tração integral, esses carros se igualam em desempenho e até na capacidade do porta-malas. São, na essência, mais esportivos do que utilitários.

O Forester está no Brasil desde meados dos anos 1990, sempre fiel ao conceito que une motor boxer (cilindros contrapostos, como nos Porsche 911) e tração nas quatro rodas.

A geração atual chegou ao país no fim de 2013.

O jipe Subaru tem cortes retos e vincos exagerados no para-choque dianteiro. O carro parece estar em constante mau humor.

Contudo, o motorista tem motivos para sorrir ao volante. O modelo japonês comporta-se como uma boa perua, apesar de ter posição de dirigir e suspensão elevadas.

Mesmo as versões com tração integral de Honda CR-V e Toyota RAV4 ficam distantes em comportamento.

No Forester, a tela do sistema multimídia pode exibir até o comportamento da tração, mostrando para qual eixo a força está sendo distribuída.

Há também diferentes modos de condução: é possível, por exemplo, escolher uma pegada mais esportiva ou melhorar o comportamento do carro em pisos escorregadios.

O Tiguan aposta em outros tipos de tecnologias. A que mais chama a atenção é o sistema Park Assist 2.0. Câmeras e sensores medem o tamanho da vaga, avisam se é possível encaixar o carro lá e comandam o volante.

Ao motorista, resta trocar as marchas quando solicitado (ré ou Drive) e dosar o pé no acelerador ou no freio.

Para ter esse sistema, é preciso pagar R$ 19.250 por um pacote que inclui rodas aro 18 e bancos dianteiros com aquecimento e ajustes elétricos. O

preço do carro chega a R$ 141.110 nessa configuração, e fica ainda mais caro com o kit R-Line: R$ 147.420.

O Forester XT não irá estacionar sozinho nem trazer aquecimento nos assentos, mas as outras funções estão lá. Há ainda fechamento automático do porta-malas por meio de um botão. Por esse pacote, a japonesa Subaru pede R$ 134,9 mil.

APESAR DA ALTURA, MODELOS SÃO SEMELHANTES A CARROS "NORMAIS"

Quem migra de um carro médio convencional para um SUV logo aprende que as curvas ganham um limite menos elástico.

Há alguns centímetros a mais em relação ao solo, e também um vão maior entre a cabeça e o teto.

O grande mérito de Tiguan e Forester é reduzir o "trauma" dessa passagem. Eles são o que há de melhor em dirigibilidade e potência em sua faixa de preço.

Quem quiser mais terá de investir em modelos como o luxuoso Range Rover Evoque (a partir de R$ 193,5 mil).

Esportivos, os modelos VW e Subaru chegam aos 100 km/h em pouco menos de 8s. Andam lado a lado também nas retomadas e equivalem-se no consumo mediano de gasolina.

O Tiguan é muito parecido com o modelo anterior do Golf, que lhe empresta a plataforma. A próxima geração do SUV usará a arquitetura modular MQB dos atuais médios da Audi e da Volks.

Ter uma base "antiga" não é problema para o SUV alemão, pois o conjunto da obra permanece atual. O problema é que o Subaru oferece um pacote mais interessante.

Quem não conhece a marca japonesa jamais espera o que aquele SUV carrancudo fará na estrada. A carroceria que suporta bem os buracos da cidade inclina pouco nas curvas, e os controles de tração e estabilidade agem com discrição.

A posição de dirigir é bem ajustada no Forester, bem como a disposição dos comandos. Há também maior folga para as pernas no banco traseiro, sendo mais espaçoso que o Tiguan.

Ao empatar na pista, custar menos (há ainda uma versão sem turbo, por R$ 115,9 mil) e equilibrar bem conforto e esportividade, o Subaru levou a melhor dessa vez.

 

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