Linha XG atualiza modelos de entrada da Harley-Davidson
JOSIAS SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MIAMI
Divulgação | ||
Harley-Davidson XG 750 Street deverá ser a versão de entrada da marca no Brasil |
Os iniciantes na marca Harley-Davidson no país hoje encontram a 883, um modelo de entrada "clássico demais". Apesar de ter recebido mudanças mecânicas e estéticas e ser rebatizada de Iron, é a mais antiga moto em produção da marca, feita desde os anos 1980.
Agora, a fabricante norte-americana atualizou sua linha. Entre as versões mais em conta, as novidades são a XG500 e a XG750.
A nova gama traz os motores Revolution-X, baseados na mecânica da V-Rod, moto desenvolvida com participação da Porsche. De vibração bastante reduzida e refrigeradas a água, as novas Harley são mais civilizadas e confortáveis para rodar. Ambas são praticamente idênticas no visual, diferindo apenas na cilindrada.
Somente a XG750 deve ser importada para o Brasil. Sua data de chegada ainda não está definida, mas a estreia deverá ocorrer no primeiro semestre de 2015.
Apesar de montadas em duas fábricas diferentes (Estados Unidos e Índia), a produção parece não atender a forte demanda por esses modelos mais amigáveis.
Lançada no final de 2014, a XG750 tem preço atraente nos EUA: cerca de 20% a menos que a Iron 883 (que aqui começa em R$ 34,1 mil).
A avaliação da XG750 aconteceu na cidade de Miami (Flórida). Trata-se de uma cruiser obediente e gostosa de pilotar, mantendo a tradição da Harley em produzir motores em V cheios de torque, capazes de acelerar bem já a partir da marcha lenta.
A fabricante não divulga números de potência, mas, pelo comportamento da motocicleta, é possível arriscar algo em torno de 60 cv próximo da rotação de corte eletrônico do motor, em 8.000 rpm (rotações por minuto).
O ronco do V2 também é característico das outras Harley, porém um pouco amansado, menos dissonante.
Mesmo um pouco pesada (221,8 kg), a 750 parece mais leve do que a veterana Iron. O banco baixo (a 71 cm do solo) permite fácil apoio dos pés no chão.
Divulgação | ||
Motor de 750 cc da XG750 tem funcionamento suave, com pouca vibração |
BOM FÔLEGO
O rodar no trânsito urbano é comparável ao de uma moto de cilindrada menor, enquanto na estrada há fôlego e autonomia suficientes para longas viagens com seu tanque de 13,2 litros.
O câmbio é de seis marchas, com transmissão por correia dentada. Os dois freios são a disco, bastante eficientes, mas o ABS ainda não é disponível nem como opcional.
Seu aspecto mais desconfortável aparece na posição dos pés do piloto: as pedaleiras são muito elevadas, forçando os joelhos acima do tanque de combustível.
No entanto, como todas as Harley, junto com o lançamento já surgiram acessórios originais para customizar as estreantes.
Um assento com mais espuma deve melhorar a posição para pilotos mais altos. Da mesma forma, um encosto para as costas do garupa aumentaria o conforto de um banco que se estreita na parte traseira.
Apesar da aparência característica, várias atualizações mostram seu projeto recente. A começar pelo radiador de água bem afilado à frente do motor, chegando à lanterna traseira com LEDs.
Seu painel aparenta ter só o velocímetro. Porém, tudo é eletrônico, com informações agrupadas em um visor central. O mostrador exibe desde relógio até o hodômetro total e parcial, além de avisos sobre o funcionamento da motocicleta.
Por ser simples e ter preço acessível para uma Harley, a XG750 estreou mundialmente com sucesso, que deve se repetir quando chegar ao mercado brasileiro. Resta saber quanto irá custar.
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