Dafra Cityclass 200i anda bem e até recarrega celular

Considerado o maior agregador de novos motociclistas, o segmento dos scooters foi um dos dois únicos que cresceram em 2014.

Enquanto o mercado de motos em geral amargou queda de 10,2% até novembro, as motonetas urbanas avançaram 30,8%.

Atenta a esse mercado -no qual já oferecia produtos com motores de 300 cm³ (Citycom 300i, de R$ 15.690) e 400 cm³ (Maxsym 400i, por R$ 21.690)-, a Dafra amplia sua linha com o Cityclass 200i. Projeto da saudosa Garelli, o modelo é lançado após quatro meses de atraso.

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	Dafra Cityclass 200i custa R$ 9.390

Além do porte e cilindrada pouco superiores em relação ao grande concorrente Honda PCX 150 (preço sugerido de R$ 8.600, sem frete), o Cityclass traz como motes o valor competitivo de R$ 9.390 e uma cesta de peças mais em conta: com 11 itens, incluindo o farol e a lanterna, o conjunto custa R$ 947, ante R$ 1.240 do rival.

Dono de um assento bem elaborado em tamanho e densidade (um pouco alto, a 78,5 cm do solo), o Dafra se diferencia pelo assoalho plano.

Em vez de pedaleiras ao lado de um túnel central, há um piso largo e nivelado, bom para transportar objetos e proteger as pernas em caso de chuva. Além disso, traz um gancho prático para levar sacolas e mochilas.

Só fica devendo um pouco de comprimento útil para acomodar os pés, algo que deve deixar as pernas dos condutores mais altos incomodamente flexionadas.

NA CIDADE

Em uso urbano, mesmo não sendo leve (146 kg), o Cityclass se mostrou esperto nas acelerações e ágil inclusive nos corredores, graças à largura comedida: 71 cm.

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	Estreita, Cityclass 200i tem 71 cm de largura

Porém, a suspensão surpreendeu com certa dureza. Em especial a dianteira, que pode quicar em pisos irregulares. Para compensar, as rodas grandes (16 polegadas) e os pneus largos passam segurança em curvas.

Os freios são competentes e usam discos nos dois eixos.

Ao utilizar apenas o traseiro, o sistema combinado -e hidráulico- aciona até 30% do poder de parada do freio dianteiro por meio de uma pinça independente.

Seu tanque é pequeno (seis litros), mas o porta-objetos abaixo do banco é bem razoável. Há também um bagageiro amplo.

O motor de um cilindro e duas válvulas tem bom rendimento: entrega 13,8 cv de potência e 1,41 kgfm de torque). Porém, poderia vibrar menos, especialmente em marcha lenta. O câmbio CVT é o mesmo usado pelas Piagio italianas.

Segundo a Dafra, a velocidade máxima é de 107 km/h, satisfatória para encarar viagens curtas. Em caso de queda, há um sensor de inclinação que desliga o motor.

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	Tomada USB permite recarregar o celular

Entre os principais deslizes está a tampa do porta-objetos, que funciona como um "escorregador" ao ser aberta. Pelo menos há uma boa surpresa lá dentro: uma útil tomada USB, que serve para recarregar telefones celulares.

O painel é completo, mas seu acabamento é discutível e os botões seletores são duros. Por fim, o cavalete central é complicado de utilizar.

O Cityclass 200i quer responder por 3.300 unidades vendidas em 2015. Tem adjetivos para tanto, mas ainda há o que ser melhorado.

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	Instrumentos do painel têm desenho simplório