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01/02/2015 - 02h00

Demanda por manutenção e acessórios têm movimentado lojas de bikes

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO

Cruzar a avenida Paulista tem sido tarefa demorada para quem tenta realizá-la de carro: desde o dia 5 de janeiro, um dos pontos mais famosos da cidade tem as pistas da esquerda de cada um dos sentidos interditadas para a instalação de uma ciclovia.

Com 4 km de extensão, ela se conectará a outros 11 trechos, ligando as regiões do centro, do Pacaembu, do Ibirapuera e da Vila Mariana.

A mesma intervenção sofre a rua Amaral Gurgel, sob o Minhocão. As duas novas ciclovias fazem parte dos 183 km atuais e 400 km prometidos pelo prefeito Fernando Haddad para até o fim do ano.

A mudança urbanística vem fortalecendo a cultura do uso da bicicleta, cada vez mais intensificado pelos argumentos do bem-estar e do transporte individual mais racional. Lojistas afirmam que ainda não houve um crescimento significativo na venda de bikes. O que tem aumentado é a procura por serviços de manutenção e a comercialização de acessórios.

"Houve uma explosão em 2013 com as ciclofaixas destinadas ao lazer. Hoje, o negócio é mantido por clientes que tinham uma bicicleta encostada e resolveram voltar a andar nos fins de semana", resume Maurício José da Silva, um dos donos da Indy Bikes.

Assim como nos automóveis, as bicicletas poderiam ter menor preço se a carga tributária fosse menor.

Marcelo Ravena, da Ciclo Ravena, culpa os tributos por ter a oficina como carro-chefe, e não as vendas.

"Com tantos impostos, fica difícil competir. Hoje você compra uma bike lá fora por R$ 1.000, enquanto o mesmo modelo custa R$ 5.000 no Brasil", analisa.

Eduardo Knapp/Folhapress
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PRODUÇÃO

De acordo com dados da Abraciclo (associação das fabricantes de motocicletas e bicicletas), a fabricação nacional caiu 10% em 2014 quando comparada ao ano anterior –de 4,3 milhões para 3,9 milhões.

Segundo Eduardo Musa, presidente da Caloi e vice-presidente da entidade, a instalação das vias especiais costuma dar resultados a médio ou a longo prazos, a exemplo do que aconteceu em diversos países europeus.

"Nos últimos dois anos, muita gente começou a tirar as bikes da garagem, o que é positivo e indica o início de uma mudança cultural no uso da bicicleta", esclarece. O próximo balanço do setor será divulgado em abril e trará pela primeira vez dados exclusivos da capital.

Além das ciclovias, uma das promessas do prefeito de São Paulo é defender a isenção dos impostos para fabricantes de bicicletas, que hoje pagam IPI, Cofins e ICMS.

 

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