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15/03/2015 - 02h00

Honda HR-V encara 1.032 quilômetros de estrada em seu primeiro teste

EDUARDO SODRÉ
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Divulgação
Antes de iniciar a viagem, Honda HR-V foi fotogrado em Brasília
Antes de iniciar a viagem, Honda HR-V foi fotografado em Brasília

Em Brasília, 10h40. É a hora de colocar o Honda HR-V na estrada, rumo à São Paulo. Nuvens carregadas e tempo abafado antecipam o que virá pela frente.

A versão escolhida é a EXL, topo da linha. Chama a atenção pelo que oferece, e também pelo que faz falta.

Os bancos de couro estão lá, acompanhados de um eficiente GPS com tela sensível ao toque. Há também ar-condicionado digital, freio de mão elétrico e controles de estabilidade. Mas faltam itens simples como retrovisor interno fotocrômico (que reduz o ofuscamento) e sensor de luminosidade. Um carro que custa R$ 88,7 mil poderia se dar ao luxo de oferecer mais.

Após ajustar banco e volante, é hora de ligar o motor 1.8 (140 cv), acionar o câmbio CVT e pegar a estrada.

A ideia é seguir sem parar até Catalão (GO), mas o trânsito bom -apesar da chuva- motiva a andar mais.
Silencioso e estável como um hatch médio, o utilitário compacto começa a mostrar que está mais perto do Civic que do Fit. Bancos e painel lembram que seu irmão de plataforma é o modelo menor, mas o comportamento remete ao sedã.

Eduardo Sodré/Folhapress
HR-V posou para foto no meio da viagem, em Uberada (MG)
HR-V posou para foto no meio da viagem, em Uberaba (MG)

BARRAS DE ENERGIA

Após 430 km, é preciso reabastecer. As duas últimas barras digitais do marcador de combustível ainda estão acesas, mas o computador de bordo indica autonomia de 60 quilômetros. O número começa a cair rapidamente, embora o ritmo de viagem seja mantido. Fica a lição: não se pode confiar demais no que diz o mostrador.

O pequeno posto em Uberlândia (MG) surge como um oásis na BR-050. A viagem continua com mais 20 litros de gasolina, que se mistura com o restolho de etanol que havia no tanque.

"É o novo Honda? Show de bola!", diz o frentista em um outro posto, próximo à divisa de Minas Gerais com São Paulo.

A sujeira não é suficiente para esconder as linhas do HR-V. As rodas aro 17 e os relevos da carroceria rendem elogios. Um senhor passa e comenta: "Honda é Honda".

São comentários como esse que fazem a montadora apostar no sucesso imediato do carro, que chega às lojas no dia 20 de março.

A marca espera vender 50 mil até o fim deste ano, o que corresponde a toda produção em Sumaré (a 118 km de São Paulo) somada a 7.000 unidades que serão trazidas da Argentina.

Após trechos de chuva e outros de muita poeira, os 300 km finais são de calmaria. O bom asfalto das rodovias Anhanguera e Bandeirantes permite usar o controlador de velocidade.

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Porta-malas tem capacidade para levar 431 litros de bagagens
Porta-malas tem capacidade para levar 431 litros de bagagens

CONSOLE ELEVADO

O carro é novamente examinado na última parada. As partes plásticas aparentam boa qualidade tanto aos olhos quanto ao toque.

A empresa japonesa também acertou ao fazer o console central elevado, mas há um porém: as entradas HDMI e USB, além da tomada que permite recarregar celulares, foram colocadas no "andar de baixo", o que dificulta o acesso.

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Console central elevado encobre entradas auxiliares HDMI e USB
Console central elevado encobre entradas auxiliares HDMI e USB

O banco traseiro tem cintos de segurança de três pontos e encostos de cabeça para todos. Há muito espaço e as mesmas soluções do Fit. Dá para levar uma muda de árvore ou uma bike na cabine, tudo depende de como os assentos são organizados.

Os consumos na estrada ficaram em 11,3 km/l com etanol e 15,1 km/l com gasolina (a 110 km/h). Contudo, falta fazer o teste Folha-Mauá.

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Cabine tem forrações escuros de boa aparência; versão EXL traz bancos de couro e central multimídia com tela sensível ao toque
Cabine tem forrações escuros de boa aparência; versão EXL traz bancos de couro e central multimídia com tela sensível ao toque

CONCORRENTES

A viagem mostrou que, embora custe mais (a partir de R$ 69,9 mil), o HR-V está acima de rivais de mesmo porte, como o Ford EcoSport. O que mais se aproxima do Honda é o Chevrolet Tracker, mas seu preço parte de R$ 85,9 mil.

Nas próximas semanas, o segmento dos utilitários compactos terá três novidades: o Jeep Renegade, o Peugeot 2008 e o Renault Duster renovado. A Honda chegou primeiro e com um produto forte. A briga será boa nos próximos anos.

 

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