Publicidade
29/03/2015 - 02h00

Street Bob foge do padrão Harley-Davidson

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando se fala em Harley-Davidson, há um vasto universo de versões e modelos. No Brasil, são quase vinte.

Diferenciando-se entre motos vistas como grandalhonas e repletas de cromados, há uma nova gama mais compacta e sóbria, a Dyna "Dark Custom".

Sua mais recente representante é a Street Bob. Exceto pelo preço salgado (R$ 44,4 mil), é mais amistosa do que parece.

Benedict Campbell/Divulgação
Guidão alto é um dos componentes que dão prazer ao rodar na Harley-Davidson Street Bob
Guidão alto é um dos componentes que dão prazer ao rodar na Harley-Davidson Street Bob

A Bob (de "bobbed", que remete aos para-lamas curtos) tem poucos cromados se interpondo às partes pretas -motor e câmbio, por exemplo, têm esmerado acabamento rugoso nessa cor.

Junto do para-lama traseiro limpo e à mostra, com luz de freio agregada aos piscas, há o assento que lembra uma sela. Forrado de couro, é largo e tem espuma próxima do confortável.

Apesar dos 304 kg distribuídos em 2,4 m, essa moto faz jus ao "Street" que lhe dá o nome. Encara bem o uso urbano e é prazerosa de guiar, em especial para os mais baixos, já que seu banco fica a apenas 67,5 cm do solo.

Além disso, tem dois aspectos raros em uma Harley: suas pedaleiras não raspam em curvas e o elevado guidão passa por cima da maioria dos espelhos de carros.

VENTO NAS AXILAS

Os braços ficam esticados para o alto, mas as manoplas ficam curvadas, ao alcance das mãos. Esse estilo de guiar é de fácil adaptação para quem tem braços mais longos, e tem a vantagem de refrigerar bem as axilas.

Porém, pede uma dose extra de jogo de cintura para serpentear com a motocicleta pelo trânsito urbano.

Sua dianteira esterça melhor do que o esperado, e o tanque grande tem duas tampas -a da esquerda é falsa, e serve como indicador para os 17,8 litros do tanque.

O único instrumento à vista é o velocímetro analógico, num mostrador amplo e que agrega visor digital com informações de rotação e marcha engatada, autonomia até a reserva e hodômetros.

A suspensão traseira rebaixada é própria da versão. Firme, pode chegar ao fim do curso ao transpor buracos.

Por outro lado, a moto é obediente em curvas. A roda dianteira grande, de 19 polegadas, e o farol compacto instalado entre os garfos largos e angulados da frente garantem um estilo "chopper" que parece ter sido customizado pelo dono da moto.

Kevin Netz Photography
Banco traseiro faz parte da linha de acessórios da Street Bob
Banco traseiro faz parte da linha de acessórios da Street Bob

MOTORZÃO

Um destaque que ajuda a fazer valer o preço da Street é o seu motor V2 de 1.600 cm³.

Trata-se do mesmo usado pelas Fat Boy e Fat Bob e tem injeção eletrônica e dois comandos para as quatro válvulas. Mais suave que os 1.200 das Sportster, tem muita força (11,9 kgfm de torque a 3.250 rpm), que é bem aproveitada pela caixa de seis marchas.

A embreagem não é das mais pesadas, enquanto a ação do freio a disco traseiro agrada. Na dianteira, o disco solitário mostra limitações em frenagens em altas velocidades. O sistema ABS não é dos mais precisos, mas é item de série.

Típica baixinha invocada, esta Harley pede pouca customização para ficar singular. A pintura metálica brilhante (opcional de R$ 1.650) pode ser uma boa pedida.

 

Publicidade

 

Publicidade

 
Busca

Encontre um veículo





pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag