Street Bob foge do padrão Harley-Davidson
GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quando se fala em Harley-Davidson, há um vasto universo de versões e modelos. No Brasil, são quase vinte.
Diferenciando-se entre motos vistas como grandalhonas e repletas de cromados, há uma nova gama mais compacta e sóbria, a Dyna "Dark Custom".
Sua mais recente representante é a Street Bob. Exceto pelo preço salgado (R$ 44,4 mil), é mais amistosa do que parece.
Benedict Campbell/Divulgação | ||
Guidão alto é um dos componentes que dão prazer ao rodar na Harley-Davidson Street Bob |
A Bob (de "bobbed", que remete aos para-lamas curtos) tem poucos cromados se interpondo às partes pretas -motor e câmbio, por exemplo, têm esmerado acabamento rugoso nessa cor.
Junto do para-lama traseiro limpo e à mostra, com luz de freio agregada aos piscas, há o assento que lembra uma sela. Forrado de couro, é largo e tem espuma próxima do confortável.
Apesar dos 304 kg distribuídos em 2,4 m, essa moto faz jus ao "Street" que lhe dá o nome. Encara bem o uso urbano e é prazerosa de guiar, em especial para os mais baixos, já que seu banco fica a apenas 67,5 cm do solo.
Além disso, tem dois aspectos raros em uma Harley: suas pedaleiras não raspam em curvas e o elevado guidão passa por cima da maioria dos espelhos de carros.
VENTO NAS AXILAS
Os braços ficam esticados para o alto, mas as manoplas ficam curvadas, ao alcance das mãos. Esse estilo de guiar é de fácil adaptação para quem tem braços mais longos, e tem a vantagem de refrigerar bem as axilas.
Porém, pede uma dose extra de jogo de cintura para serpentear com a motocicleta pelo trânsito urbano.
Sua dianteira esterça melhor do que o esperado, e o tanque grande tem duas tampas -a da esquerda é falsa, e serve como indicador para os 17,8 litros do tanque.
O único instrumento à vista é o velocímetro analógico, num mostrador amplo e que agrega visor digital com informações de rotação e marcha engatada, autonomia até a reserva e hodômetros.
A suspensão traseira rebaixada é própria da versão. Firme, pode chegar ao fim do curso ao transpor buracos.
Por outro lado, a moto é obediente em curvas. A roda dianteira grande, de 19 polegadas, e o farol compacto instalado entre os garfos largos e angulados da frente garantem um estilo "chopper" que parece ter sido customizado pelo dono da moto.
Kevin Netz Photography | ||
Banco traseiro faz parte da linha de acessórios da Street Bob |
MOTORZÃO
Um destaque que ajuda a fazer valer o preço da Street é o seu motor V2 de 1.600 cm³.
Trata-se do mesmo usado pelas Fat Boy e Fat Bob e tem injeção eletrônica e dois comandos para as quatro válvulas. Mais suave que os 1.200 das Sportster, tem muita força (11,9 kgfm de torque a 3.250 rpm), que é bem aproveitada pela caixa de seis marchas.
A embreagem não é das mais pesadas, enquanto a ação do freio a disco traseiro agrada. Na dianteira, o disco solitário mostra limitações em frenagens em altas velocidades. O sistema ABS não é dos mais precisos, mas é item de série.
Típica baixinha invocada, esta Harley pede pouca customização para ficar singular. A pintura metálica brilhante (opcional de R$ 1.650) pode ser uma boa pedida.
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