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29/03/2015 - 02h00

Jeep Renegade quer ir além do asfalto

RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO

Assim como os períodos geológicos, o segmento de SUVs compactos nacionais pode ser dividido em eras.

A primeira delas engloba as origens de Ford EcoSport, Renault Duster, Chevrolet Tracker e Mitsubishi ASX. A nova etapa é reservada aos recém-lançados Jeep Renegade e Honda HR-V -além do Peugeot 2008, que será lançado em abril.

Divulgação
Cor laranja está disponível apenas na versão topo de linha Trailhawk
Cor laranja está disponível apenas na versão topo de linha Trailhawk

A divisão justifica-se não só pela quantidade, mas pela intensidade das tecnologias que os novatos trazem para a categoria. O Renegade, contudo, quer ir além.

O novo Jeep brasileiro é o único a trazer suspensão traseira do tipo McPherson, composta por rodas independentes, braços transversais e barra estabilizadora.

Só ele tem motor diesel, combustível queimado até então apenas por SUVs acima dos R$ 100 mil.

O HR-V acompanha o Renegade em itens como assistente de partida em aclives, controles de tração e estabilidade e freio de estacionamento elétrico. Mas fica nos quatro airbags, enquanto o Jeep pode chegar a sete.

Marcos Camargo/Divulgação
Conjunto ótico traseiro traz X que virou símbolo do carro
Conjunto ótico traseiro traz X que virou símbolo do carro

Teto solar no Honda? Talvez numa próxima renovação. O Renegade tem dois tipos: um de vidro, panorâmico, e outro de plástico,que pode ser removido e guardado no porta-malas -que tem escassos 260 litros, ante 422 l do 2008 e 437 l do Honda.

Curiosamente, é menos do que pode carregar o Fiat 500L (343 l), com quem o Renegade compartilha a moderna plataforma "Small Wide".

HERANÇA 4X4

Por características tanto técnicas quanto mercadológicas, SUVs urbanos são feitos para a cidade. EcoSport e Duster até oferecem versões 4x4, mas o sistema de tração desses modelos quase nunca é requisitado.

O Renegade é tão urbano quanto os rivais, mas adiciona as habilidades para o fora de estrada que são a essência do DNA da Jeep.

E reside aí, mais do que na lista de equipamentos mais polpuda ou do que no motor turbodiesel, o maior apelo do Renegade: diferenciar-se conceitualmente dos rivais ao apresentar mais recursos para trechos de terra.

Jogar um SUV de R$ 300 mil (seja um Land Rover, um Audi ou mesmo um Jeep) numa trilha com lama e valetas pode ser desencorajador; parece não combinar com o cliente dessa faixa de preço.

Mas a áurea ao redor do Renegade sugere o contrário: escapar da selva urbana e encarar um trilha talvez não seja tão arriscado.

Os SUVs compactos mataram as minivans, que tinham exterminado as peruas no começo dos anos 2000.

Quem extinguirá os SUVs compactos? Pelo que Jeep Renegade, Honda HR-V e Peugeot 2008 mostraram até aqui, ainda não há um modelo capaz de detê-los.

Divulgação
Ergonomia é ponto forte na cabine do Renegade
Ergonomia é ponto forte na cabine do Renegade

SUV É BOM DE ESTRADA, MAS FALTA ESPAÇO ATRÁS

O início da Rodovia Presidente Dutra -partindo do Rio em direção a São Paulo- é sinuoso. O Renegade, um SUV de 1,69 m de altura, não deveria combinar com esse tipo de pista.

Porém, as curvas que apareceram ao longo do caminho foram contornadas sem que fosse preciso reduzir muito a velocidade. O que poderia intimidar o Renegade se mostrou uma manobra segura.

Nas retas, o Jeep disparava graças à força do motor 2.0 a diesel, bem explorada pelo câmbio automático de nove marchas.

Mas há um porém: a calibração poderia privilegiar trocas mais rápidas, mas a escolha da Jeep foi pelo conforto, e não pela esportividade.

O caminho longo não penalizou o motorista, bem acomodado em assentos longos e largos. A posição de guiar possui bons ajustes, com ampla regulagem de altura.

O mesmo não poderia ser dito se houvesse alguém no banco de trás, onde o espaço é limitado -o assento é curto e o encosto, muito vertical.

Fora da estrada, o Renegade impressionou ao superar trilhas difíceis mesmo sem pneus especiais.

Na cabine, não havia o indício de esforço extra da estrutura, nem atrito de peças.

Marcos Camargo/Divulgação
Espaço traseiro é limitado; assento é curto e encosto é muito vertical
Espaço traseiro é limitado; assento é curto e encosto é muito vertical

JEEP RENEGADE SPORT 2.0 TURBODIESEL

PREÇOS:
Sport 1.8 flex manual: R$ 69,9 mil
Sport 1.8 flex automático (6 velocidades): R$ 75,9 mil
Sport 2.0 diesel automático (9 velocidades): R$ 99,9 mil
Longitude 1.8 Flex automático (6 velocidades): R$ 80,9 mil
Longitude 2.0 diesel automático (9 velocidades): R$ 109.990
Trailhawk 2.0 automático (9 velocidades): R$ 116.990

COMPRIMENTO: 4,23 m
LARGURA: 1,80 m
ALTURA: 1,69 m
ENTRE-EIXOS: 2,57 m
PORTA-MALAS: 260 litros
PESO: 1.629 kg

MOTOR: Dianteiro, transversal, diesel, 1.956 cm³, 4 cilindros em linha, 16 válvulas
POTÊNCIA 170 cv a 3.750 rpm
TORQUE 35,7 kgfm a 1.750 rpm
CÂMBIO Automático, nove marchas
PNEUS 215/65 R16

ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h) 10,9s
RETOMADA (80 km/h a 120 km/h) 7,5
FRENAGEM (80 km/h a 0) 41,1 m
CONSUMO URBANO 9,5 km/l
CONSUMO RODOVIÁRIO 15,1 km/l

 

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