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10/05/2015 - 02h00

MV Agusta Brutale 800 é máquina para motociclistas experientes

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ícone das pistas nos anos 1960, a MV Agusta sempre apostou nos motores tricilíndricos. Voltou a usá-los em 2012, quando lançou a aclamada esportiva F3. Com 675 cm³ e 130 cv, teve o motor "aumentado" no ano passado para 800 cm³ e 150 cv.

Logo após revelar a esportiva, a fabricante italiana estendeu a receita mecânica para a nova Brutale 800.

Divulgação
Brutale é pura performance: sistema "quick shift" dispensa a embreagem nas trocas de marcha
Brutale é pura performance: sistema "quick shift" dispensa a embreagem nas trocas de marcha

Exclusiva, essa naked (esportiva sem carenagem) custa R$ 49,9 mil, quase R$ 5.000 a mais que uma CB 1000 R.

Outros 800

Apesar de manter o baixo peso (167 kg a seco), a versão sem carenagem é um pouco mais mansa, com 125 cv -exatamente o mesmo da rival da Honda, de quatro cilindros em linha.

A diferença está em como o desempenho é despejado: a Brutale é arisca desde rotações iniciais, e assim como um cavalo selvagem, pode deixar seu condutor pelo caminho numa arrancada.

"Enjaulado" dentro do rígido chassi de aço em treliça, o motor refrigerado a água tem dois comandos para as doze válvulas de titânio. Com alta compressão, esquenta e vibra bastante.

É possível escolher a entrega de potência em quatro níveis, junto de oito ajustes do controle de tração. No entanto, mesmo no acerto mais suave, essa 800 é bruta: reclama abaixo de 3.500 rpm e sobe de giro estupidamente acima disso.

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Painel é rico em informações; próximo ao tanque, amortecedor de direção da versão RR, ausente nesta opção
Painel é rico em informações; próximo ao tanque, amortecedor de direção da versão RR, ausente nesta opção

Com transmissão de seis marchas curtas e certeiras, são necessários poucos segundos para ir dos limites legais de uma estrada (120 km/h) até a velocidade máxima de 245 km/h (segundo dados da marca).

Sua ciclística faz jus à esportividade latente: banco duro (e alto, a 81 cm do solo), com o guidão deslocado à frente, de pouco esterço.

É uma ergonomia que pede uma tocada curvada, necessária para conter o ímpeto da frente empinar em 1ª e 2ª marchas. A suspensão também é um tanto sólida, mas ajustável.

Quanto aos freios da Brembo, são de pronta ação e muita potência, devidamente auxiliados pelo ABS ajustável.

Embora sua embreagem seja macia, é o tipo de motocicleta pouco indicada para uso diário, a menos que se coloque o desempenho (bem) à frente do conforto.

Ao final de um dia inteiro acelerando esta MV Agusta, fica a impressão de uma moto feita por pilotos profissionais para motociclistas, no mínimo, experientes.

 

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