Chinesa Traxx Fly 250 pede melhorias, mas compensa com bom preço
GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de ser permeado de novidades, o mercado de motos de baixa/média cilindrada é carente de novidades entre as versáteis trails (uso misto) de médio porte.
É um segmento há tempos liderado por Honda (XRE 300, R$ 14.530) e Yamaha (250 Lander, R$ 13.670, e Ténéré, R$ 13.990). As japonesas dominam também um degrau inferior, formado por Bros 160 (a partir de R$ 9.811) e Crosser 150 (R$ 9.350).
Esta lacuna pode começar a ser preenchida com a chinesa Traxx Fly 250. Montada em Manaus (AM) desde janeiro, é completa e sai por interessantes R$ 8.990.
Postas lado a lado, é inegável que a Traxx parece (muito) com a Yamaha Lander, lançada em 2007 e até hoje sem maiores mudanças. A Fly revela inspiração tanto no visual quanto na arquitetura mecânica.
Apesar de trazer a nomenclatura "250", a chinesa tem exatos 223 cm³. Isso não é demérito: assim como o monocilíndrico da Yamaha, esse motor com cabeçote de duas válvulas é vigoroso em arrancadas e rotações mais baixas.
Apesar do funcionamento um pouco áspero, há torque e potência (1,7 Kgfm e 16,3 cv, respectivamente) suficientes. Esses dados já permitem à Fly um bom desempenho diante das motos menores. Em especial ao transpor o trânsito de rodovias e aclives, situações nas quais as "150" sofrem.
Divulgação | ||
De origem chinesa, Traxx Fly 250 custa R$ 8.990 |
BEM EQUIPADA
As boas respostas são acentuadas pelo câmbio de relações curtas, com o "luxo" da sexta marcha.
Os freios a disco demandam força no manete para agirem com eficiência, mas não travam com facilidade.
Embora o acabamento possa melhorar, a compacta trail surpreende com fartura de equipamentos: lanterna traseira e piscas de LEDs, trava de capacete, painel digital com indicadores de marcha e de rotações e farol com botão lampejador. A versão é única, e traz partida elétrica.
Mas, como é esperado de linhas de montagem e projetos muito novos, a Traxx de origem chinesa revelou alguns tropeços.
O tanque de 10 litros, por exemplo, não deve ser enchido até a boca, sob pena de vazar gasolina pelo bocal, já que o descanso lateral permite que a Fly "deite" demais.
Na cidade, a embreagem mostra-se macia e os engates, curtos. Mas, ao encarar curvas mais rápidas na estrada, nota-se certa instabilidade direcional.
Pesando prós e contras, a Fly surpreendeu. Apesar dos pontos a evoluir, essa motocicleta promete incomodar tanto as concorrentes de uso misto pequenas quanto as trail maiores.
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