Citroën C4 Cactus tenta mesclar estilo, conteúdo e preço mais acessível
FERNANDO VALEIKA DE BARROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DE PARIS
Divulgação | ||
Cotado para ser comercializado no Brasil, Citroën C4 Cactus mostra como será o futuro da marca |
Na busca por uma melhor posição no mercado, fabricantes de automóveis podem sofrer guinadas em suas estratégias. É essa a situação atual da francesa Citroën.
Espremida entre duas marcas com objetivos bem definidos (Peugeot e DS, todas do grupo PSA), a empresa mudou o seu foco: fará carros originais, que deverão mesclar conteúdo e preço acessível.
Oitenta anos depois de mudar de rumos com o legendário 2 CV -barato e prático, que se tornou um símbolo da personalidade francesa - a Citroën tentará repetir o feito com o C4 Cactus, crossover que a Folha avaliou em Paris.
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Cactus mantém bons 2,60 m de entre-eixos e porta-malas de 358 litros |
Recém-lançado no mercado europeu e cotado para ser vendido no Brasil, o modelo é descendente do protótipo Cactus, mostrado há oito anos no Salão de Frankfurt.
herança genética
O compacto preserva em seus "genes" muitos dos elementos que vieram do protótipo. Foi feito para ser descolado, mas sem exagerar nos valores. Na França, a versão Start (75 cv) parte de 14 mil euros (R$ 41 mil).
Além do desenho original, há soluções que deixaram seu custo de produção mais barato e, de quebra, enxugaram quase 200 kg em relação a um C4 tradicional.
Os vidros traseiros, por exemplo, não podem descer: a economia com o maquinário reduziu o peso em 11 kg. "Quisemos fazer um carro simples, mas sem aspecto depreciativo", explica o designer francês Jean-Pierre Ploué, que coordenou o projeto.
Mesmo sem pretender ser sofisticado como um modelo premium, o interior do Cactus tem boas sacadas de estilo.
Nas portas revestidas de couro, os puxadores lembram as alças de uma mala.
Do lado de fora, foi mantida a tecnologia "airbump", apresentada no carro conceito. São bolsas de poliuretano infladas com ar, estrategicamente instaladas nos para-choques e nas laterais do carro. Além de serem uma proteção contra esbarrões, ajudam a dar um estilo diferente ao carro.
Montado sobre a nova plataforma EMP2 (que serve de base tanto para Citroën C3 quanto para o Peugeot 2008, fabricados em Porto Real, no Rio de Janeiro), o Cactus tem 4,15 metros de comprimento e bom espaço interno.
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O banco dianteiro é inteiriço, o que facilita a produção |
URBANO E ECONÔMICO
Com suspensões macias, ele é um carro mais adaptável à vida urbana.
Essa característica é reforçada por itens como direção com assistência elétrica, volante achatado na base e câmbio automático acionado por três botões ("Drive", "Ré" e "Neutro"). Esse conjunto facilita as manobras.
Na Europa, o Cactus usa motores três cilindros com turbo. A versão com 110 cv vai de zero a 100 km/h em 9s, segundo a marca.
Uma vantagem adicional é o baixo consumo. Equipado com o sistema start-stop, que corta o funcionamento do motor quando o carro para temporariamente, esse francês fez média de 14,9 km/l.
Econômico e bem bolado, o C4 Cactus aponta para um caminho promissor na nova estratégia da Citroën.
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