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28/06/2015 - 02h00

SUVs Juke, X-Trail e Qashqai entram no radar da Nissan do Brasil

FERNANDO VALEIKA DE BARROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LONDRES (INGLATERRA)

Depois de concluir o lançamento do March e do Versa, produzidos na sua nova fábrica, em Resende (RJ), a Nissan prepara-se para uma ofensiva no Brasil.

Até 2016, a montadora pretende importar três de seus veículos mais vendidos na Europa: Qashqai, Juke e X-Trail.

Lançados para tentar fisgar um público que busca o conforto e os equipamentos dos sedãs com a pegada jovial dos utilitários esportivos, os modelos fazem sucesso por lá.

Desde o lançamento do Qashqai, em 2007, a Nissan já vendeu cerca de 800 mil unidades do modelo. "Acreditamos que este segmento tem potencial para somar três milhões de automóveis", diz Marco Fioravanti, responsável pelo segmento de crossovers da marca japonesa na Europa.

Uma quarta aposta da Nissan no segmento é o protótipo Kicks, que deve sair do Brasil: a marca está prestes a confirmar a produção nacional do protótipo.

Montado sobre a mesma plataforma dos compactos March e Versa, já se apresentou ao público durante o Salão de São Paulo, em outubro.

Segundo fontes da montadora japonesa, a importação de Qashqai, Juke e X-Trail para o Brasil, caso se confirme, será pequena.

A estratégia será usar os três modelos não para atingir grandes volumes de venda, mas sim para fortalecer a imagem da marca no país -onde está fora do segmento de SUVs.

Para antecipar o que estes carros oferecem em equipamentos e como andam, a Folha avaliou a trinca da Nissan na Inglaterra.

JUKE APOSTA NA DIVERSIDADE

Visto de fora, o Juke é tudo menos um carro convencional. A combinação de faróis redondos e lanternas em alto relevo, somada a linhas musculosas e assimétricas, dão a ele um estilo diferente.

Equipado com rodas aro 17, tem posição de conduzir mais alta. "Quisemos fazer um carro que fosse prático para o trânsito ou estradas, com boa distância do solo e que fosse mesmo diferente da concorrência", disse à Folha o italiano Giovanni Arroba, diretor de Design Criativo da Nissan.

Por dentro, mais inovação. O console lembra o tanque de uma motocicleta. O toque de capricho segue com bancos e volante em couro e plásticos de boa qualidade. Uma tela exibe mapas em 2D e 3D.

Com 4,13 metros de comprimento, o Juke fica entre um hatchback compacto e o Qashqai, de porte médio.

Com motor 1.2 de 115 cv, é esperto e econômico: fez 13,3 km/litro durante o passeio.

Se chegar ao Brasil com preço em torno dos R$ 100 mil, o Juke pode se tornar um ícone entre os descolados nessa faixa e forte rival de Mini Cooper e Citroën DS3.

X-TRAIL FOCA EM CONFORTO

Com 4,67 m de comprimento e 2,70m de entreixos, o novo X-Trail acomoda confortavelmente cinco pessoas. Nessa versão, o porta-malas carrega razoáveis 445 litros (por cerca de R$ 4.000 extras, troca-se parte do lugar para bagagens por dois assentos).

Bem equipado, o X-Trail tem bancos em couro com ajustes elétricos, faróis com contornos de LED e câmera de ré, entre outros itens.

No motor 1.6 a diesel de 130 cv, o torque máximo de 33 kgfm surge já às 2.000 rpm, garantindo agilidade ao modelo. Equipado com sistema Start-Stop, corta a ignição quando o carro está parado em um congestionamento, por exemplo.

Apesar de menos radical do que os antigos X-Trail (a última geração teve discreta participação no mercado brasileiro no final dos anos 2000), o novo modelo tem uma série de engenhocas eletrônicas que ajudam em caminhos mais traiçoeiros, como seletor de tração e altura do solo e ângulos de entrada e saída idênticos ao da geração anterior, mais off-road.

QASHQAI TEM PEGADA DE HATCH

Batizado com o nome de uma tribo nômade dos montes Zagros, o Qashqai (pronuncia-se "cachcai") desembarcou no mercado europeu com uma ousada missão: substituir de uma só vez o Almera (sedã e hatch), o sedã Primera e a minivan Tino, e vender mais do que os três.

"Conseguimos chegar lá", disse à Folha o italiano Marco Fioravanti, responsável pelo segmento de crossovers da Nissan na Europa.

Seu porte e valentia para terrenos acidentados fazem dele um potencial concorrente para Toyota RAV-4 e Honda CR-V. Mas o conforto interno, o comportamento no asfalto e o bom nível de equipamentos o trazem para um ringue de hatches sofisticados, como VW Golf e Ford Focus.

Do lado de dentro, é impossível não reparar no amplo teto envidraçado, revestido de filtro solar para reduzir o impacto dos raios solares.

Há mimos, como o cartão que destrava as portas automaticamente e aciona o motor, por um botão.

O modelo previsto para o Brasil é equipado com motor 1.6 turbo, de 163 cv.

 

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