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26/07/2015 - 02h00

Jeep Renegade, Peugeot 2008 e Renault Duster passam pelo teste Folha-Mauá

DE SÃO PAULO

Segmento mais efervescente no momento, os SUVs compactos hipnotizam consumidores de diversos perfis.

Gente que veio de hatches compactos, donos de médios que buscam novas experiências ou quem tempos atrás se apaixonara pelos "aventureiros urbanos" (VW Cross Fox e companhia).

"Também deverão surgir participações importantes de outras categorias, como monovolumes e sedãs", diz Alexandre Clemes, gerente de Marketing da Jeep.

E como as versões de entrada recebem quem chega ao novo universo?

PAGUE MAIS, LEVE MAIS

O primeiro flerte do Renegade com o potencial cliente se manifesta pela lista de equipamentos de série. A versão Sport, de R$ 69,9 mil, tem itens como piloto automático, direção elétrica, controles de estabilidade e tração, freio de estacionamento elétrico, sistema Isofix de ancoragem de cadeira infantil e auxiliar de partida em rampas entre os mais relevantes.

GPS e câmera de ré fora dessa lista são mancadas contornadas por um pacote opcional de R$ 4.600.

Menos generoso, o Peugeot 2008 Allure (R$ 67.190) se defende com airbags laterais e ar-condicionado digital, além de uma central multimídia que, embora pouco intuitiva, já tem navegador.

Contudo, mais decepcionante do que a falta de GPS e câmera de ré entre itens de série no Renegade é a ausência (essa sem qualquer remediação) do sistema Isofix.

Por R$ 65.990, o Renault Duster é o mais acessível entre os três, mas também o mais pobre em equipamentos -tanto em relação aos essenciais a um carro dessa faixa de preço, como coluna de direção ajustável em profundidade (e não só em altura), quanto aos supérfluos, como piloto automático.

A central multimídia do Duster, em compensação, é a mais eficiente.

É fácil de configurar, sua navegação é intuitiva e ainda tem o Driving Eco, software que supervisiona o modo de guiar do condutor e o aconselha a dirigir de maneira mais econômica.

PEUGEOT 2008 ANDA MAIS E BEBE MENOS QUE RIVAIS

Além de mais segurança e equipamentos de série, o Renegade dá mais prazer ao volante, ainda que equipado com um motor modesto.

Diante do ajuste irretocável da suspensão (independente nas quatro rodas), da direção elétrica com peso e reações na medida e da alta rigidez da carroceria, que se traduz em mais estabilidade e conforto, sobra "corpo" e falta "fôlego" ao Jeep, como mostram os números do teste Folha-Mauá.

O câmbio até ajuda, com engates mais precisos e curtos em relação a outros modelos da Fiat (dona da Jeep e fornecedora do conjunto propulsor) que levam a mesma combinação.

Mas, os 1.393 kg do Renegade -que devem ser entendidos como massa muscular bem trabalhada, e não gordura localizada- pedem um motor mais disposto, sobretudo em baixas rotações.

Mais leve, o Peugeot deixaria o Renegade para trás numa saída de semáforo. Seu câmbio tem relações de marchas longas e deve precisão, por outro lado.

TURBO

As versões Sport e Allure de Renegade e 2008 ainda têm um carma a carregar.

Nas configurações mais caras (o Renegade Sport diesel parte de R$ 99,9 mil e o 2008 THP sai por R$ 79.590), esses modelos têm mais brilho. O SUV da Jeep troca a palidez do 1.8 flex pelo vigor do 2.0 turbodiesel, de 170 cv e 35,7 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de nove marchas.

No caso do Peugeot, é como trocar um SUV por um hatch esportivo: o motor 1.6 turbo flex de 173 cv e 24,5 kgfm de torque, além de providenciar mais emoção, está engatado num câmbio de engates mais curtos e precisos.

INVERSÃO DE VALORES

Segundo Peugeot e Jeep, as vendas do 2008 e do Renegade com transmissão manual representam 28% e 10%, respectivamente, do total de emplacamento desses modelos.

Na Renault, o Duster manual é maioria: de acordo com a marca francesa, são 70% entre todas as versões e outros 70% considerando apenas os emplacamentos da versão 2.0.

A inversão pode ser explicada pelo perfil do consumidor do Duster. Em busca de mais espaço (seu porta-malas leva quase o dobro da capacidade do Renegade) pela menor quantia, não tem na mira comodidades como câmbio automático.

O manual também não é referência em diversão ao volante: o câmbio tem funcionamento satisfatório, mas a já citada falta de regulagem de profundidade da coluna de direção e o comportamento do motor mostram que o Duster é um projeto mais antigo dos que os rivais.

PREÇO É TUDO

A quantidade de clientes que prefere o câmbio manual nesses modelos é pequena.

Segundo a Peugeot, quem escolhe um desses modelos em suas versões de entrada prioriza preço, e não um saudosismos por trocar marchas.

Isso explica o fato de 30% dos carros que entraram na troca pelo 2008 serem hatches compactos,em sua maioria equipados com transmissão mecânica. (RM)

RENAULT DUSTER DYNAMIQUE
POTÊNCIA 110 cv (g) e 115 cv (e) a 5.750 rpm
TORQUE 15,1 kgfm (g) e 15,9 kgfm (e) a 3.750 rpm
CÂMBIO Manual, cinco marchas
PORTA-MALAS 475 litros
PESO 1.202 kg
ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h) 13,9s (g) e 13s (e)
RETOMADA (80 km/h a 120 km/h) 15,8s (g) e 14,8s (e)
CONSUMO URBANO N/D
CONSUMO RODOVIÁRIO N/D
PREÇO a partir de R$ 65.990

PEUGEOT 2008 ALLURE
POTÊNCIA 115 cv a 6.000 rpm (g) e 122 cv a 5.800 rpm (e)
TORQUE 15,5 kgfm (g) e 16,4 kgfm (e) a 4.000 rpm
CÂMBIO Manual, cinco marchas
PORTA-MALAS 355 litros
PESO 1.183 kg
ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h) 12,5s (g) e 11,7s (e)
RETOMADA (80 km/h a 120 km/h) 11,3s (g) e 10,7s (e)
CONSUMO URBANO 11,4 km/l (g) e 8,6 km/l (e)
CONSUMO RODOVIÁRIO 15,5 km/l (g) e 11,9 km/l (e)
PREÇO a partir de R$ 67.190

JEEP RENEGADE SPORT
POTÊNCIA 130 cv (g) e 132 cv (e) a 5.250 rpm
TORQUE 18,6 kgfm (g) e 19,1 kgfm (e) a 3.750 rpm
CÂMBIO Manual, cinco marchas
PORTA-MALAS 260 litros
PESO 1.393 kg
ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h) 13,5s (g) e 13s (e)
RETOMADA (80 a 120 km/h) 12,2s (g) e 11,4s (e)
CONSUMO URBANO 9,4 km/l (g) e 7,8 km/l (e)
CONSUMO RODOVIÁRIO 14 km/l (g) e 10,8 km/l (e)
PREÇO a partir de R$ 69,9 mil

 

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